Avô visionário e empreendedor constrói legado na zona rural e na cidade de Maceió
“Meu avô veio da zona rural para Maceió. Trabalhou com muitas coisas até que conseguiu guardar um dinheiro e abrir o próprio empreendimento, um bar chamado Caldinho do Vieira. Depois, comprou um terreno e construiu sua casa. Ele mesmo comprou o cimento e desenhou os cômodos.
Era a casa dos sonhos e, assim que terminou, ele plantou um cajueiro, que amava. Tenho muitas lembranças dele mexendo no cajueiro, tirando bacias de caju para dar de brinde aos clientes. Ele dizia que, quando morresse, queria ser enterrado debaixo do cajueiro.
Aos domingos, era para a casa do meu avô que íamos. Toda a família se reunia, uma tradição. Meu avô construiu três áreas de lazer na casa e uma delas era onde nos encontrávamos sempre.
Todas as confraternizações eram lá: Natal, reuniões da igreja, tudo naquela casa, que tinha 370 m² e cinco quartos. Ali, cabiam não só os familiares, mas também os amigos. Eu passava mais tempo na casa dos meus avós do que na dos meus pais.
Ao terminar o Ensino Médio, decidi fazer medicina. Era meu sonho —e o do meu avô. Fui ao Paraguai estudar, porque as mensalidades em Maceió eram muito caras e, na época, meu avô falou: ‘Vá, porque vou te manter lá’.