Milton Neves vive a dor do luto após a perda da esposa para o câncer: “Minha vida virou um horror”



O luto de Milton Neves após perder a esposa para o câncer

São Paulo

Quase quatro anos após perder a mulher, Lenice, para um câncer, Milton Neves vive a dor do luto diariamente. O renomado comentarista esportivo, que deixou a Band há três meses, abriu o coração em uma entrevista exclusiva ao F5, relatando os dias melancólicos, solitários e sem esperança que tem enfrentado desde a partida de sua amada esposa.

Milton e Lenice Chame Magnoni Neves compartilharam 42 anos de casamento, fruto desse relacionamento são seus três filhos, Rafael, Fábio e Milton Neto. A morte de Lenice em 2020, aos 65 anos, deixou um vazio imensurável na vida de Milton, que descreve sua rotina atual como um verdadeiro pesadelo.

Como está sua rotina?
“Estou tocando a bola, mas numa fortíssima depressão. Minha vida está horrível. Estou vivendo numa casa que cabem umas 70 pessoas, eu, o caseiro e a mulher do caseiro. Passo os dias deitado, numa depressão danada, fico sonhando com minha mulher. Meu único amor da vida inteira. Só tive um namoro, um noivado e um casamento na vida. Agora ela foi para o céu. Ela me deixou no dia 30 de agosto de 2020 e desde então minha vida virou um horror”, desabafou Milton.

Acha que sua saída da Band pode ter piorado o quadro de depressão?
Milton revelou ter sido ele próprio quem pediu demissão. O desgaste emocional que vinha enfrentando desde a doença de Lenice o levou a tomar essa difícil decisão. “Já estava antes, desde quando ela adoeceu. Pedi demissão isentando a Bandeirantes de qualquer pendência futura comigo. Eu amo a Bandeirantes. A Band não me deve nada, eu que devo a ela, porque ela realizou meu sonho de menino que era trabalhar lá. A minha carta de demissão é a carta mais bonita da história de uma relação de funcionário com uma empresa. Mil vezes obrigado, Bandeirantes, por ter me acolhido”, afirmou o comentarista.

Seu sonho era trabalhar lá?
Milton compartilhou sua trajetória de vida, desde os humildes dias em Muzambinho até o reconhecimento nacional com sua carreira no rádio e na televisão. “Na minha casa não tinha rádio, eu ia na casa dos vizinhos escutar. Minha tia Antônia, que me criou, fez um empréstimo no banco em 30 prestações para poder me dar um radinho. Eu ouvia Bandeirantes o dia inteiro”, relembrou emocionado.

Esses são apenas alguns dos momentos marcantes dessa entrevista reveladora com Milton Neves, que ainda compartilhou detalhes da batalha contra a depressão, seus planos futuros e a fé que o sustenta nesse momento de luto profundo. Sua história, permeada por amor, perdas e superações, comove e inspira a todos que acompanham sua jornada.


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