Mussolini, o homem do século XX: a ascensão do fascismo, o poder da manipulação e o triunfo sobre a democracia.

“Mussolini, o homem do século XX”.

Em um evento político, o líder fascista Mussolini deixou claro que um aspirante a ditador não deve apelar ao espírito crítico de seus ouvintes, mas sim inflamar, exaltar e inspirar ódio e desprezo aos intelectuais e debatedores. Antes da tomada do poder, em 1920, ele pregava contra todas as formas de estado, traduzindo seu individualismo sobrevivente no anarquismo.

Após assumir o poder em 1922, Mussolini declarou o fim do século da democracia e o início de uma era aristocrática. Para ele, o estado era absoluto, e os indivíduos meramente relativos. Sua eloquência, muitas vezes comparada à de um propagandista de guerra, o ajudava a aproximar-se das massas e inflamar seus seguidores.

Porém, a fala fascista sempre foi marcada pela falsidade e artificialidade, carregada de violência. O candidato a ditador não hesita em expor seus seguidores e adversários ao perigo, mantendo-se a salvo. Como no caso de Bolsonaro, que após fugir para a Flórida, agora volta e deseja que seus seguidores enfrentem a prisão.

O fascismo, assim como qualquer regime totalitário, surge não para corrigir os defeitos da democracia, mas para amplificá-los. A propaganda e a violência são usadas como ferramentas para controlar e manipular as massas, transformando a mentira em algo vulgar e as mistificações em extremos.

A ascensão dos movimentos totalitários é marcada pela manipulação das massas fragilizadas, recrutando indivíduos desiludidos para promover o terror. Os líderes fascistas se aproveitam da fragilidade e da desordem para incitar o caos e levar a população ao desespero.

O fascismo precisa se apresentar como uma forma superior de democracia, incorporando o povo e se colocando como o salvador da nação. Por isso, é essencial que se reconheça a ameaça constante que o fascismo representa e se continue resistindo a ele, evitando que ele tome conta do poder.

Portanto, cabe a todos os democratas manterem-se vigilantes contra o retorno do fascismo e se unirem para combater qualquer tipo de ideologia autoritária que ameace a liberdade e os direitos individuais.

Carlos Russo Jr. | Colunista na Diálogos do Sul


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