Nesta decisão polêmica, a AGU desafia Marina Silva e autoriza a exploração de petróleo na foz do Amazonas.

De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), a Avaliação Ambiental de Área Sedimentar (AAAS) não é considerada indispensável e não pode impedir a realização de empreendimentos relacionados à produção de petróleo e gás natural. Essa informação foi apresentada em um documento que, por sua vez, era um dos principais argumentos utilizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contra um empreendimento da Petrobras.

Essa controvérsia teve início quando o Ibama negou o pedido de licença da Petrobras para explorar petróleo na Foz do Amazonas, localizada a aproximadamente 500 km da foz do rio Amazonas. Essa decisão gerou uma disputa interna no governo brasileiro, com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendendo a posição do Ibama e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pressionando pela aprovação do projeto.

A AGU, por sua vez, emitiu um parecer que dá uma vitória ao ministro Silveira e amplia a pressão sobre Marina. No dia 9 de outubro, Silveira afirmou em entrevista à Rádio BandNews FM que continuaria a defender o empreendimento e expressou confiança de que venceriam o debate no governo. Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou no início do mês que a decisão do Ibama não era definitiva. Segundo ele, o estudo do Ibama apontava falhas técnicas que poderiam ser corrigidas pela Petrobras.

Essa disputa entre o Ibama, a AGU, a Petrobras e os ministros envolvidos reflete a complexidade das decisões relacionadas à exploração de recursos naturais e ao equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Enquanto o Ibama busca garantir a proteção do meio ambiente, a AGU enfatiza a não obrigatoriedade da AAAS na aprovação de empreendimentos. A Petrobras, por sua vez, aguarda uma resolução para prosseguir com seus planos de exploração.

Esse debate ainda está em andamento no governo brasileiro e a decisão final terá implicações tanto para a Petrobras quanto para a preservação ambiental na região da Foz do Amazonas. Enquanto isso, diferentes atores continuam manifestando suas posições e pressionando por seus interesses, demonstrando a complexidade e as divergências envolvidas nas decisões relacionadas a esse tipo de empreendimento.

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