De acordo com a polícia, o aluno passou o fim de semana na casa do pai, em Santo André, e lá pegou o revólver calibre 38 usado no ataque. A arma estava guardada sob um colchão, e o adolescente também encontrou as munições em outro local da casa, após vasculhar o local. O pai e a mãe do estudante são separados, e ele retornou para a casa da mãe no domingo já armado. O revólver estava registrado e regular, porém não havia sido recadastrado.
As motivações do ataque ainda estão sendo investigadas. O advogado que representava o atirador afirmou que o crime foi cometido como uma tentativa de resolver o bullying e a homofobia que o estudante sofria. Segundo informações da Escola Estadual Sapopemba, já havia conhecimento de brigas em sala de aula envolvendo o aluno.
A Polícia teve acesso ao depoimento de uma coordenadora pedagógica, que confirmou as confusões envolvendo o autor do ataque. Duas alunas procuraram a coordenadora para relatar que o adolescente havia destratado uma colega. Não foram divulgados detalhes sobre o ocorrido. A coordenadora planejava conversar com o jovem na sexta-feira, mas ele não compareceu à escola. A intenção era chamá-lo para uma conversa na segunda-feira, dia do ataque.
A briga na semana anterior não foi a primeira em que o aluno se envolveu. Segundo a coordenadora pedagógica, houve um desentendimento entre ele e outra aluna no início do ano. Após os tiros, a coordenadora encontrou o atirador com a arma na mão e questionou o motivo da violência. Ela conseguiu retirar o revólver dele e o abraçou, porém o estudante não respondeu. O adolescente permaneceu na sala da diretora, que estava de férias, até a chegada da Polícia Militar.
As investigações sobre o ataque ainda estão em andamento, e as autoridades trabalham para esclarecer todos os detalhes do crime. A segurança nas escolas é um tema muito discutido, e esse episódio reacendeu o debate sobre como evitar a ocorrência de tragédias semelhantes.