A mina da Braskem em Maceió utiliza um método que consiste na utilização de um poço cavado para introduzir água na camada de sal, resultando na formação da salmoura. Posteriormente, essa solução é extraída das minas e levada à superfície, sendo então preenchida com um material líquido para garantir estabilidade ao solo. Esse procedimento ocorreu em Maceió de 1979 a 2019. No entanto, ao longo dos mais de 40 anos de exploração, parte dessas minas sofreu vazamento do líquido, ocasionando instabilidade no solo e originando cavidades, como a presente na mina 18. A região urbana conta com um total de 35 minas, as quais estão sendo atualmente preenchidas novamente.
A Braskem enfrentou críticas e pressões judiciais em razão dos danos ambientais causados pela mineração no local. O rompimento de minas de sal-gema, causando problemas como afundamento e rachaduras em bairros adjacentes, desencadeou uma série de ações civis públicas e é considerado um dos maiores desastres ambientais causados por empresas de mineração no Brasil.
A preservação ambiental e a reparação dos danos causados são temas de grande relevância para a população de Maceió, que vê na ação do MPF uma chance de reverter os impactos negativos causados pela Braskem. Com a formalização do acordo entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem, a expectativa é que medidas concretas sejam tomadas para mitigar os danos ambientais e garantir a segurança e qualidade de vida para os moradores da região afetada.
