Privatização da segurança pública: o perigoso processo em destaque na América Latina, segundo especialista.






Privatização da segurança pública


[Ele] Que prometeu exatamente isso que tá fazendo: privatizar a segurança pública, transformar a segurança pública em um negócio muito eficiente. Acho que esse talvez é o processo mais periclitante e o que estamos assistindo é o resultado disso. Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais

O professor lembra a privatização da segurança pública ocorrida no país, com números expressivos.

[No] Equador, teve uma absurda privatização da segurança pública – talvez o mais alto índice de toda América Latina: o país tem mais de 125 mil homens armados em segurança privada, isso é o dobro dos policiais. Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais

Para termos ideia do que estamos falando, toda a próspera indústria de camarões de Guayaquil que abastece todo o mundo, construiu uma estrutura de segurança privada que é absurda e praticamente o triplo de funcionários que eles têm. Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais

Trevisan faz outra correlação e cita a dolarização ocorrida no Equador no início do século, em um processo que levou à diminuição da força do Estado.

Essa privatização acompanhou, e não podemos esquecer quando olhamos essa explosão de violência no Equador, o processo de dolarização da economia: há uma efetiva ideia de que apenas a esfera do mercado resolve problemas e o papel do estado pode ficar bem diminuído como se pode ver na segurança pública. O resultado está bastante visível. Leonardo Trevisan, professor de relações internacionais



O professor de relações internacionais, Leonardo Trevisan, recentemente se pronunciou sobre a questão da privatização da segurança pública. Em suas declarações, ele destacou o processo de privatização em curso e expressou sua preocupação em relação aos resultados dessa política.

Segundo Trevisan, a privatização da segurança pública tem sido promovida como uma medida para transformar o setor em um negócio mais eficiente. No entanto, o professor enfatiza que esse processo é bastante periclitante, ou seja, envolve riscos significativos. Para ele, o que está sendo observado atualmente é justamente o resultado desse processo, o qual, em sua visão, tem apresentado desafios e dificuldades.

Ao abordar o exemplo do Equador, Trevisan destaca a absurda privatização da segurança pública nesse país, que resultou em um número expressivo de homens armados em segurança privada, superando em dobro o contingente de policiais. Além disso, ele menciona a indústria de camarões de Guayaquil e a estrutura de segurança privada construída em torno dela, a qual conta com um número de funcionários praticamente triplo em comparação aos trabalhadores da empresa.

O professor ainda faz uma correlação com a dolarização da economia equatoriana, argumentando que ambos os processos contribuíram para a diminuição da força do Estado. Ele ressalta que a explosão de violência no Equador pode estar relacionada a essas políticas, as quais promovem a ideia de que a esfera do mercado é capaz de resolver problemas e, consequentemente, diminuem o papel do Estado, especialmente no que se refere à segurança pública.

Dessa forma, as declarações de Leonardo Trevisan evidenciam as preocupações e críticas em relação à privatização da segurança pública, apontando para os desafios e impactos negativos que essas políticas podem acarretar.

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