Rússia bombardeia cidades ucranianas e mulheres protestam por retorno de seus maridos do front em Moscou.



Conflito entre Rússia e Ucrânia: ataques aumentam e protestos se intensificam

Os ataques têm aumentado em ambos os lados nos últimos dias, enquanto o conflito já dura quase dois anos. A Rússia bombardeou maciçamente cidades ucranianas duas vezes desde o final de dezembro: na sexta-feira, 29 de dezembro (55 mortos) e na terça-feira (seis mortos). Por sua vez, a Ucrânia vem atacando a cidade russa de Belgorod, a 50 km da fronteira, incluindo um ataque sem precedentes no sábado passado (30), que deixou 25 pessoas mortas.

Mulheres russas protestam

No sábado, apesar do intenso frio de -20ºC, cerca de 15 esposas de russos mobilizados para lutar na Ucrânia depositaram simbolicamente flores vermelhas no monumento da “chama do soldado desconhecido” sob os muros do Kremlin, considerado um importante símbolo no coração de Moscou. O ato foi realizado em sinal de protesto, para exigir o retorno de seus maridos do front.

A raiva vem crescendo há meses entre os familiares dos reservistas mobilizados por ordem do presidente Vladimir Putin em setembro de 2022. Trata-se de uma questão delicada para as autoridades, que até agora têm tido o cuidado de não reprimir o movimento de protesto nascente.

“Queremos chamar a atenção das autoridades e do público para nosso apelo. Tentamos de várias maneiras. Enviamos um apelo por escrito a deputados, funcionários e departamentos do governo, mas não fomos ouvidas”, disse Maria Andreeva, uma gerente de vendas de 47 anos, à AFP.

Seu marido foi combater na Ucrânia em novembro de 2022, há mais de um ano. “Não é justo. Eles são civis, não soldados”, alegou. “Nossos homens não podem ficar lá por tanto tempo”, acrescentou.


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