Secretaria de Segurança Pública subestima público em ato na Avenida Paulista, repetindo polêmica contagem de 2016. A imprensa questiona a metodologia utilizada.





Análise do público presente na Avenida Paulista

O porta-voz da Secretaria de Segurança Pública, Derrite, afirmou em sua conta no Twitter que não houve ocorrências relevantes durante o evento na Avenida Paulista, mesmo com um público de 750 mil pessoas presentes na avenida e no entorno.

No entanto, ao ser questionada pela imprensa, a Secretaria de Segurança Pública não informou detalhes sobre a metodologia ou os critérios utilizados para realizar o cálculo. Esse cenário lembra a contagem conflituosa de 13 de março de 2016, durante a manifestação pelo impeachment de Dilma Rousseff, quando o órgão estimou um público de 1,4 milhão, quase o dobro do número divulgado recentemente e corroborado pelos organizadores.

Durante a cobertura do evento, foi possível observar que a corporação divulgava atualizações sem critérios claros, o que não causou tanta surpresa devido à adesão acrítica de parte da imprensa a essas informações.

Por outro lado, o Datafolha estimou a presença de 500 mil pessoas na manifestação e divulgou a metodologia utilizada para a contagem. Naquele dia, ao contrário do que aconteceu neste domingo, toda a extensão da avenida, bem como a alameda Santos e parte da rua da Consolação, estavam tomadas pelo público.

Apesar disso, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro tentam propagar que o evento foi recorde de público. “Pelo que recebi até agora, hoje tivemos o maior ato político da história da Avenida Paulista. Mais de um milhão de brasileiros presentes”, afirmou Fabio Wajngarten, um dos advogados de Bolsonaro.



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