Na última quarta-feira (3), o servidor do INSS, Ramos Antonio Nassif Chagas, pediu demissão em meio a uma polêmica envolvendo um incidente com o ministro do STF, Gilmar Mendes, no aeroporto de Lisboa.
No episódio, que ganhou repercussão nas redes sociais, Chagas abordou Mendes em uma cafeteria durante uma viagem ao exterior, dirigindo-lhe palavras ofensivas e acusando-o de contribuir para a destruição do Brasil.
A corregedoria do INSS abriu um procedimento administrativo disciplinar para apurar o caso, uma vez que as supostas agressões ocorreram durante o horário de expediente de Chagas, que estava em teletrabalho em Portugal desde junho de 2023, sem autorização formal da presidência do órgão.
O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, afirmou que a demissão de Chagas não encerra a investigação sobre sua conduta e ressaltou que, apesar do direito à opinião, os servidores públicos devem manter uma postura adequada, principalmente em relação a figuras públicas como Gilmar Mendes.
Stefanutto explicou que, embora o governo tenha autorizado o teletrabalho no exterior, o INSS ainda não regulamentou essa prática, tornando necessária a aprovação da presidência para casos como o de Chagas.
Mesmo diante das tentativas de contato, Chagas não se manifestou sobre o ocorrido. A situação levanta debates sobre a conduta dos servidores públicos e a necessidade de regulamentação mais clara em relação ao teletrabalho no Brasil.