Sobreviventes do Holocausto lançam campanha no Brasil para combater antissemitismo e agradecer acolhida no país.



Campanha contra o antissemitismo no Brasil

Dez Sobreviventes do Holocausto Lançam Campanha Contra o Antissemitismo no Brasil

No vídeo de 2 minutos, os judeus das mais variadas nacionalidades, de alemães a romenos, cantam trecho do hino do Brasil em uma tentativa de apelar à manutenção da tradição brasileira de acolher todos os povos. O título da campanha é “Obrigada, Brasil”.

O idealizador do material, Marcio Pitliuk, curador do Memorial do Holocausto, diz que a campanha é motivada pelo comportamento do governo Lula (PT) em relação à guerra Israel-Hamas, criticado por inúmeras organizações judaicas que atuam no país. Pesou no timing da divulgação, claro, a decisão brasileira de apoiar a denúncia de genocídio contra Israel apresentada pela África do Sul à Corte de Haia, uma das mais importantes instâncias da justiça internacional.

Inicialmente o material seria tornado público no próximo dia 27, considerado o Dia Mundial da Memória das Vítimas do Holocausto. A data é uma referência a 27 de janeiro de 1945, quando tropas soviéticas libertaram o campo de concentração de Auschwitz, o mais conhecido centro de extermínio em massa de judeus pelo regime nazista.

A campanha conta com apoio da Conib, a Confederação Israelita do Brasil, da Fisesp, a Federação Israelita de São Paulo, e da StandWithUs-Brasil, entidade voltada para o combate ao extremismo e ao antissemitismo por meio da educação.

“Desde que iniciou-se a guerra, o governo brasileiro tomou um dos lados do conflito: não reconhece o Hamas como grupo terrorista, mas acusa Israel de genocídio”, diz o organizador Pitliuk. “Isso contraria toda a tradição brasileira de evitar todos os tipos de preconceito. Prova disso é que os sobreviventes do Holocausto foram recebidos no Brasil de braços abertos independentemente de sua religião. A campanha tem como objetivo fazer um apelo para que a praga do antissemitismo não se instale no Brasil.”

O governo Lula tem afirmado de forma reiterada que condena os ataques do Hamas no 7 de outubro, classificados como terroristas, mas que Israel adota uma resposta desproporcional ao atacar Gaza.

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