De acordo com a FGV, o IPC-S registrou queda de 0,07% na segunda quadrissemana de agosto, em contraste com o aumento de 0,14% na primeira quadrissemana.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) apresentou uma queda de 0,07% na segunda quadrissemana de agosto, após um aumento de 0,14% na primeira leitura do mês. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), com esse resultado, a taxa acumulada em 12 meses do índice passou de 4,28% para 4,05%.

Nessa leitura, cinco das oito classes de despesa registraram redução em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, com uma queda de 0,64% após um aumento de 0,51%, impulsionado principalmente pela variação negativa no preço das passagens aéreas, que passaram de 1,33% para -4,97%.

Os setores de Transportes, Alimentação, Despesas Diversas e Comunicação também apresentaram desaceleração. No setor de Transportes, a variação caiu de 0,74% para 0,37%, influenciada pela redução no preço da gasolina, que passou de 2,62% para 1,36%. Já no setor de Alimentação, a variação negativa aumentou de -0,46% para -0,78%, devido à queda nos preços de hortaliças e legumes, que passaram de -2,04% para -5,42%. No setor de Despesas Diversas, a variação reduziu de 0,56% para 0,43%, influenciada pela queda nos preços de alimentos para animais domésticos, que passaram de 1,68% para 1,01%. No setor de Comunicação, houve uma queda de 0,01%, após uma variação positiva de 0,02%, principalmente devido à redução nas mensalidades de TV por assinatura, que passaram de 0,22% para 0,07%.

Por outro lado, três setores apresentaram aceleração em suas taxas de variação. No setor de Habitação, a variação subiu de -0,22% para -0,09%, influenciada pelo aumento nas tarifas de eletricidade residencial, que passaram de -0,36% para 0,10%. No setor de Saúde e Cuidados Pessoais, a variação subiu de 0,53% para 0,63%, impulsionada pelos preços dos artigos de higiene e cuidado pessoal, que passaram de 1,01% para 1,33%. No setor de Vestuário, a variação subiu de -0,30% para -0,24%, principalmente devido ao aumento nos preços de roupas femininas, que passaram de -0,64% para -0,15%.

As maiores influências de baixa nessa leitura do IPC-S foram as passagens aéreas, seguidas pelos preços da batata-inglesa, tarifa de ônibus urbano, tomate e frango em pedaços. Já as principais pressões de alta vieram da gasolina, automóvel novo, plano e seguro de saúde, serviços bancários e perfume.

Com esses dados, fica evidente que houve uma desaceleração na taxa de variação do IPC-S, o que pode trazer impactos positivos para o consumo e a inflação. No entanto, é importante acompanhar de perto os próximos resultados para identificar se essa tendência de queda no índice será mantida.

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