Durante a primeira fase do seu depoimento, Delgatti respondeu às perguntas dos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos Rogério (PR-RO) e do deputado Delegado Ramagem (PL-RJ). No entanto, ao iniciar a segunda etapa, o hacker decidiu não se manifestar.
As declarações de Delgatti pela manhã foram alvo de críticas por parte do senador Flávio Bolsonaro. Segundo Bolsonaro, as afirmações do hacker sobre ser contratado para fraudar as eleições são mentirosas. De acordo com o senador, as conversas com Delgatti tinham o objetivo de obter conhecimentos para melhorar as urnas eletrônicas, a fim de auxiliar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Flávio Bolsonaro questionou o motivo de Delgatti estar mentindo e insinuou que ele estaria recebendo pagamento para isso.
O senador Marcos Rogério também criticou o depoimento de Delgatti, classificando-o como um “enredo ensaiado”. Rogério questionou a ausência de provas e ressaltou o fato de que o hacker tinha um habeas corpus, mas optou por exercer seu direito ao silêncio apenas diante das perguntas feitas pelos parlamentares da oposição. O senador enfatizou que o silêncio de Delgatti fala mais do que suas palavras, sugerindo que ele estava apenas agradando os membros do governo.
O deputado Delegado Ramagem, por sua vez, destacou os crimes pelos quais Delgatti já foi condenado anteriormente, como falsidade ideológica e estelionato. Ramagem questionou a credibilidade da testemunha e a considerou parcial, devido ao seu apoio público à esquerda política e ao ex-presidente Lula.
É importante ressaltar que as informações apresentadas neste artigo foram baseadas no depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI do 8 de janeiro. O silêncio de Delgatti diante de determinadas perguntas provocou debates e críticas por parte dos parlamentares presentes. É necessário aguardar o desenrolar das investigações para obter mais informações sobre o caso.
Reportagem – Geórgia Moraes
Edição – Ana Chalub
