Além disso, conforme informado pelo MP, há uma contradição entre a versão da vítima e os fatos expostos no vídeo gravado durante a confusão. Vilma admitiu ter dado uma “batidinha” no policial enquanto ele tentava algemar um de seus filhos. Ela afirmou que Kleber se levantou e deu um soco em seu rosto, além de apontar a arma para ela e ameaçar o rapaz que estava filmando.
No entanto, o MP argumenta que as imagens do vídeo mostram que Vilma agrediu o policial militar, que revidou com um soco sem mirar o alvo e se afastou para proteger sua arma de fogo. O promotor destacou que a sequência de imagens contradiz a versão da vítima.
Quanto às agressões contra os filhos da idosa, os investigadores não encontraram indícios de que os policiais tenham desviado a rota da viatura para agredi-los no trajeto para a delegacia. Além disso, o laudo pericial não confirmou danos nos cassetetes dos policiais, diferente do que Luciano e Benedito, os filhos de Vilma, afirmaram.
Diante disso, o Ministério Público solicitou que os policiais sejam ouvidos novamente pela Polícia Civil para informar se desejam fazer uma representação criminal contra os filhos da suposta vítima pelas lesões corporais que eles teriam causado.
A defesa de Vilma e seus filhos afirmou estar inconformada com o pedido de arquivamento e informou que tomará medidas legais para reverter a situação, caso o pedido seja acatado pela Justiça. Segundo o neto de Vilma, Nelson Pereira de Almeida Júnior, as imagens do vídeo são claras em mostrar que o policial acertou um soco na idosa, e seus tios não estavam machucados como chegaram na delegacia.
A CNN entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em busca de posicionamento sobre o caso. Aguardamos uma resposta das autoridades competentes para mais esclarecimentos sobre a investigação em andamento.
