Rodrigo Cunha denuncia a promoção de agentes de segurança ligados ao assassinato de empresário, destacando a impunidade no sistema.

O senador Rodrigo Cunha (Podemos -AL) criticou em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (30) a promoção concedida pela Polícia Militar de Alagoas a três policiais envolvidos na morte do empresário Marcelo Leite, ocorrida em novembro de 2022. O parlamentar lembrou que o homem atacado com disparos de arma de fogo durante um “suposto incidente com a polícia” enquanto dirigia na rodovia AL-220. Rodrigo Cunha também se solidarizou com o pai do empresário.

No discurso, o senador Rodrigo Cunha, representante do Podemos em Alagoas, não poupou críticas à ação da Polícia Militar do estado, que concedeu promoções a três policiais envolvidos na morte do empresário Marcelo Leite. O caso ocorreu em novembro de 2022, quando Leite foi atingido por disparos de arma de fogo em uma suposta abordagem policial na rodovia AL-220. Cunha expressou sua solidariedade ao pai do empresário, destacando a tragédia que foi o encontro entre o empresário e os agentes da lei.

Com um tom indignado, Cunha ressaltou que a notícia da promoção dos policiais envolvidos apenas agravou a situação já dolorosa para a família da vítima. Ele afirmou que a revolta do pai de Marcelo Leite, Thalles Leite, é compreensível e compartilhada por muitos, inclusive por ele próprio. Em seu discurso, o senador defendeu a necessidade de mudanças nos critérios de promoção para policiais em todo o país.

O parlamentar ressaltou a dedicação dos profissionais de segurança pública ao bem-estar coletivo, porém, destacou a importância de distinguir entre bons e maus profissionais. Segundo Cunha, é preciso criar leis que garantam promoções e benefícios para aqueles policiais que desempenham sua função corretamente, mas também é necessário punir de forma adequada os policiais que envergonham suas corporações.

Uma das sugestões apresentadas por Cunha foi bloquear as promoções de policiais acusados de crimes até que haja um julgamento final. Caso sejam considerados culpados, esses policiais seriam demitidos das corporações. Por outro lado, se forem julgados inocentes, teriam o direito a promoção concedido, juntamente com as devidas reparações.

Para o senador, é inadmissível que indivíduos acusados de destruir vidas e famílias sejam recompensados com promoções e reajustes salariais. Ele ressaltou que essa questão vai além de procedimentos burocráticos, tratando-se de uma questão de integridade moral e ética.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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