A fibrose cística é causada por um gene defeituoso que faz com que o corpo produza muco mais espesso, levando ao acúmulo de germes e infecções. Além disso, essa secreção pode bloquear o trato digestório e o pâncreas, impedindo a chegada de enzimas digestivas ao intestino. Os sintomas podem variar em cada indivíduo, porém, os mais comuns são tosse crônica com secreção, infecções pulmonares de repetição, dificuldade para ganhar peso, entre outros.
O Hias possui um ambulatório dedicado ao tratamento e acompanhamento da fibrose cística há 22 anos. O serviço funciona todas as terças-feiras, das 7h às 12h, e conta com uma equipe multidisciplinar formada por gastroenterologistas, pneumologistas, enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais. As crianças com alterações no teste do pezinho são encaminhadas para a unidade, que realiza o teste do suor para definir o diagnóstico.
A pneumologista Cláudia Castro, responsável pelo ambulatório, ressalta a importância de os pais estarem atentos aos sinais da doença desde o início da vida das crianças. O diagnóstico precoce permite o início imediato do tratamento adequado, visando proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes. O tratamento varia conforme a gravidade e os sintomas, porém, de forma geral, envolve o tratamento de problemas digestivos e a limpeza dos pulmões.
Além do Hias, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), também unidade da Sesa, é referência no tratamento da fibrose cística em pacientes adultos. O HM acompanha cerca de 38 pacientes e conta com uma equipe multiprofissional que inclui pneumologistas, nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas.
Embora a fibrose cística não tenha cura, o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são fundamentais para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Cada caso é avaliado individualmente e tratado conforme a gravidade. O tratamento inclui a ingestão de enzimas digestivas, uso de medicamentos, suporte nutricional, fisioterapia respiratória, atividades físicas e acompanhamento médico frequente.
A matéria ainda conta com o depoimento de uma mãe, Inês Machado, cuja filha foi diagnosticada com fibrose cística através do teste do pezinho. Ela ressalta a importância do tratamento adequado e parabeniza a equipe do Hias pelo cuidado com sua filha.
Em resumo, a fibrose cística é uma doença genética grave que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e sistema digestivo. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O Hias e o HM são hospitais de referência no tratamento da doença no Ceará.
