Saque de recursos na poupança supera depósitos em quase R$ 10,1 bilhões, segundo Banco Central

No mês de agosto, os saques de recursos da caderneta de poupança superaram os depósitos em quase R$ 10,1 bilhões, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (8). Enquanto os depósitos registraram um total de R$ 321,6 bilhões, as retiradas totalizaram R$ 331,7 bilhões.

Esses dados revelam uma queda na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os saques superaram os depósitos em R$ 22 bilhões. Apesar disso, o estoque dos valores depositados na poupança ficou em R$ 969,1 bilhões em agosto.

No acumulado de janeiro a agosto deste ano, as retiradas já superaram os depósitos na poupança em R$ 80,3 bilhões. Esse resultado indica uma tendência de os brasileiros utilizarem cada vez menos a poupança como opção para guardar dinheiro.

A caderneta de poupança é um investimento tradicional e bastante conhecido pelos brasileiros, que oferece rendimentos modestos, mas garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). No entanto, com a atual taxa básica de juros (Selic) no seu menor patamar histórico, a rentabilidade da poupança fica cada vez mais baixa, o que pode estar influenciando na escolha dos investidores.

Outro fator que pode explicar a queda nos depósitos é o momento econômico do país. Com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas estão enfrentando dificuldades financeiras e, consequentemente, precisando recorrer às suas reservas para cobrir despesas emergenciais.

Esse cenário também pode indicar uma mudança no comportamento dos brasileiros em relação ao uso da poupança. Com a instabilidade econômica e a falta de perspectivas de melhorias a curto prazo, é possível que as pessoas estejam preferindo utilizar seus recursos de forma mais imediata, em vez de deixá-los parados na caderneta de poupança.

É importante ressaltar que a poupança ainda é uma opção segura para quem busca liquidez imediata e não deseja assumir grandes riscos nos investimentos. No entanto, é necessário avaliar outras alternativas mais rentáveis, como fundos de investimento ou títulos públicos, que podem oferecer maior rentabilidade no longo prazo.

Diante desse cenário, é fundamental que os brasileiros tenham educação financeira e busquem orientações de profissionais especializados para tomar decisões adequadas e assertivas em relação aos seus investimentos.

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