Senado pode votar projeto de lei que cria novo seguro obrigatório para veículos e aumenta limite de despesas da União.







Vote no projeto de lei complementar que cria novo seguro obrigatório para veículos

Vote no projeto de lei complementar que cria novo seguro obrigatório para veículos

O Plenário do Senado Federal pode votar nesta terça-feira (7) o projeto de lei complementar (PLP) 233/2023, que propõe a criação de um novo seguro obrigatório para veículos (SPVAT) – similar ao antigo Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT). Além disso, o texto também visa aumentar em R$ 15,7 bilhões o limite para despesas da União. A sessão deliberativa está agendada para as 14h e conta com outros três itens na pauta.

Antes de ser submetido ao Plenário, o PLP 233/2023 precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O colegiado irá se reunir também na terça-feira, às 9h30, para analisar o projeto. O senador Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, já apresentou um relatório favorável ao texto.

Aprovado pela Câmara dos Deputados em abril, o PLP 233/2023 institui o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). Conforme o texto, o tributo deve ser cobrado dos proprietários de veículos e utilizado para o pagamento de indenizações em caso de acidentes.

Além de introduzir o SPVAT, o projeto de lei complementar modifica o arcabouço fiscal vigente (Lei Complementar 200, de 2023). A proposta antecipa em dois meses a autorização para abertura de crédito suplementar em situações de superávit fiscal. Esta mudança, segundo o senador Jaques Wagner, possibilitaria um acréscimo de 0,8% nas despesas da União, totalizando R$ 15,7 bilhões.

Parte desses recursos poderá ser utilizada para compensar o corte de emendas parlamentares no Orçamento (Lei 14.822, de 2024). Na mensagem de veto parcial ao texto (VET 4/2024), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou uma dotação de R$ 5,6 bilhões destinada ao pagamento de despesas propostas por comissões permanentes do Senado, da Câmara e do Congresso Nacional.

De acordo com Jaques Wagner, caso a antecipação para a abertura de crédito suplementar prevista no PLP 233/2023 seja aprovada, R$ 3,6 bilhões serão destinados para compensar o corte de emendas imposto pelo VET 4/2024. O veto ao Orçamento está agendado para ser discutido em uma sessão deliberativa do Congresso Nacional marcada para quinta-feira (9).

Atividade de risco

O Senado também pode votar o projeto de lei (PL) 4.015/2023, que tipifica como crime hediondo e homicídio qualificado o assassinato de juízes, promotores, procuradores, defensores e advogados públicos, oficiais de Justiça e policiais legislativos e judiciais. O senador Weverton (PDT-MA) elaborou um relatório favorável ao projeto na CCJ.

Segundo a proposta, o homicídio também é considerado qualificado se a vítima for cônjuge, companheiro, parente consanguíneo ou por afinidade até o terceiro grau das autoridades mencionadas. Isso abrange pais, filhos, irmãos, avós, bisavós, bisnetos, tios, sobrinhos, cunhados, sogros, genros, noras e parentes por adoção.

O texto ainda prevê o agravamento em até dois terços da pena por lesão corporal cometida contra as autoridades ou seus parentes, com a penalidade variando de três meses de detenção a 12 anos de reclusão. Além disso, de acordo com o projeto, a lesão corporal grave ou seguida de morte é considerada crime hediondo.

Aprovado em abril pela CCJ, o PL recebeu três emendas no Plenário – todas propostas pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES). O parlamentar busca incluir no rol de profissionais sujeitos a atividades de risco integrantes das carreiras tributária e aduaneira da Receita Federal, auditores fiscais do Trabalho, peritos do Ministério Público da União e advogados privados.

Quinquênio

Outro ponto em destaque na pauta é a proposta de emenda à Constituição (PEC) 10/2023, que estabelece uma parcela mensal de valorização por tempo de serviço para servidores públicos da carreira jurídica, como juízes e promotores. O texto ainda está na quarta sessão de discussão obrigatória antes da votação em Plenário.

De acordo com a PEC, o benefício (correspondente a 5% do subsídio a cada cinco anos de efetivo exercício) não está sujeito ao teto constitucional, sendo concedido até o limite de 30%.

Iniciativa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a proposta recebeu parecer favorável do senador Eduardo Gomes (PL-TO) na CCJ. Em abril, Pacheco condicionou a votação da PEC 10/2023 à aprovação do PL 2.721/2021, que visa acabar com os “supersalários” no serviço público.

Comissão diretora

O Plenário também irá deliberar sobre o projeto de resolução (PRS) 9/2024, que confirma atos da Comissão Diretora do Senado. A matéria valida oito atos que englobam adequações nas normas de licitações, estrutura administrativa, cargos efetivos, competências, entre outros.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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