Durante a reunião, ambos também discutiram a presidência do Brasil no G20, que Lula assumirá em dezembro. O presidente comentou sua intenção de priorizar os cidadãos e os movimentos sociais nas discussões do bloco, buscando um “G20 popular”. Essa abordagem será refletida na agenda do Brasil, com destaque para o combate à pobreza e às desigualdades, a promoção da sustentabilidade econômica, social e ambiental, e a reforma das instâncias de governança internacional na área financeira.
Além disso, o encontro rendeu acordo entre Lula e Stiglitz sobre a necessidade de um novo modelo de atuação dos bancos multilaterais de financiamento. Ambos concordaram na importância de possibilitar a transição ecológica e energética, bem como a resolução do excessivo endividamento dos países do Sul Global e a redução da pobreza. Propostas como a conversão de parte das dívidas dos países em desenvolvimento em investimentos verdes e de infraestrutura também foram discutidas.
Vale destacar que a visita de Stiglitz ao Brasil trouxe à tona a urgência da taxação dos super-ricos como medida para reduzir as desigualdades no país. Durante o seminário Tributação e Desigualdades do Sul Global: Diálogos sobre Justiça Fiscal, realizado em Brasília, o economista enfatizou a importância desta medida como forma de promover a justiça social.
Com todas essas discussões, o encontro entre Lula e Stiglitz reforça a preocupação do governo brasileiro com a promoção da igualdade, o fomento à economia sustentável e a busca por soluções para os desafios enfrentados pelas nações em desenvolvimento. Essa troca de ideias com um renomado economista como Stiglitz certamente contribuirá para a formulação de políticas públicas que visem o desenvolvimento social e econômico do Brasil.
