Essa diminuição no saldo negativo é resultado do aumento do superávit comercial, que registrou um acréscimo de R$ 5,1 bilhões. Além disso, houve redução no déficit em serviços, que recuou em US$ 869 milhões, e no déficit em renda primária, que teve uma queda de US$ 504 milhões.
No acumulado dos últimos 12 meses até agosto, o déficit em transações correntes foi de US$ 45,223 bilhões, o equivalente a 2,21% do Produto Interno Bruto (PIB). Esses números representam uma melhora em relação ao déficit de US$ 51,573 bilhões (2,54% do PIB) registrado em julho deste ano e ao déficit de US$ 53,635 bilhões (2,94% do PIB) no período equivalente do ano passado.
No acumulado do ano, o déficit chega a US$ 19,459 bilhões. No mesmo período de 2022, o saldo negativo era de US$ 27,742 bilhões.
No que diz respeito à balança comercial, as exportações de bens alcançaram US$ 31,432 bilhões em agosto, o que representa um aumento de 0,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já as importações totalizaram US$ 23,814 bilhões, uma queda de 16,8% na comparação interanual. Com esses resultados, a balança comercial teve um superávit de US$ 7,618 bilhões em agosto, em comparação com o saldo positivo de US$ 2,552 bilhões alcançado no mesmo período do ano passado.
Em relação aos serviços, o déficit na conta de serviços, que inclui viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros, chegou a US$ 2,878 bilhões em agosto, representando uma redução de 23,2% em comparação com agosto de 2022. Nesse contexto, houve uma queda no déficit em transporte e viagens e um aumento no déficit em aluguel de equipamentos.
No que se refere às rendas, o déficit em renda primária, que inclui lucros, dividendos, juros e salários, chegou a US$ 5,642 bilhões em agosto, o que representa uma redução de 8,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. As despesas líquidas com juros passaram de US$ 1,259 bilhão em agosto de 2022 para US$ 1,781 bilhão no mês passado. Em relação aos lucros e dividendos, o déficit foi de US$ 3,891 bilhões em agosto deste ano, frente aos US$ 4,897 bilhões registrados no mesmo mês de 2022.
O saldo de investimentos diretos no país também teve uma redução na comparação interanual. Em agosto deste ano, os ingressos líquidos em investimentos diretos foram de US$ 4,270 bilhões, contra US$ 10,014 bilhões no mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses até agosto, o investimento direto somou US$ 65,918 bilhões, representando 3,21% do PIB. Em relação aos investimentos em carteira no mercado doméstico, houve saídas líquidas de US$ 807 milhões em agosto de 2023.
O estoque de reservas internacionais do Brasil atingiu US$ 344,177 bilhões em agosto, uma redução de US$ 1,298 bilhão quando comparado ao mês anterior.