O Ministério das Relações Exteriores informou nesta segunda-feira que as autoridades israelenses já autorizaram a entrada no país dos aviões que o governo brasileiro mobilizou para resgatar os brasileiros que desejam deixar Israel. A primeira das seis aeronaves chegou a Roma, na Itália, onde esperava autorização para entrar em território israelense. Um segundo avião, do mesmo modelo, partirá da Base Aérea de Brasília ainda hoje, com destino a Tel Aviv.
O Itamaraty estimou que cerca de 14 mil brasileiros vivem em Israel e outros seis mil moram na Palestina. Além disso, muitos turistas visitam a região, principalmente para conhecer locais sagrados e participar de eventos. Diante da reação israelense ao ataque do Hamas, o governo brasileiro desaconselha qualquer deslocamento não essencial para a região e recomenda que aqueles que tiverem condições tentem deixar Israel e Gaza.
No caso dos atletas profissionais de tênis em cadeira de rodas Leandro Pena, Ymanitu Silva e Daniel Rodrigues, que participariam do Israel Open, eles foram surpreendidos pela escalada da violência na região. Eles chegaram a Tel Aviv pouco tempo após o início do conflito e ficaram presos no aeroporto junto com milhares de pessoas que tentavam deixar o país. Somente ontem eles conseguiram embarcar em um voo para Bangcoc, na Tailândia, de onde devem retornar ao Brasil.
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv está publicando um formulário em seu site para que interessados nos voos de repatriação se inscrevam. Além disso, os plantões consulares da Embaixada em Tel Aviv e do Escritório de Representação em Ramala, na Cisjordânia, estão funcionando para atender brasileiros em situação de emergência. O Escritório de Representação em Ramala também está em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e está implementando um plano de evacuação em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo.
Neste momento, o governo brasileiro está trabalhando para garantir a segurança e o retorno dos brasileiros que se encontram em Israel e na Palestina. A repatriação dos turistas e residentes será feita de forma organizada, priorizando aqueles que não têm passagem aérea para retornar ao Brasil. Enquanto isso, aqueles que ainda se encontram na região devem seguir as recomendações do Ministério das Relações Exteriores e evitar qualquer deslocamento não essencial.
