Preços de hortaliças como alface, batata, cenoura e cebola estão mais baratos, segundo boletim da Conab.

De acordo com o último Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), hortaliças como alface, batata, cenoura e cebola estão custando menos nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) em todo o país. A cebola foi o produto que registrou a maior queda nos preços, mesmo com a menor quantidade disponível nos mercados.

A Conab justifica essa redução de preços com a pulverização da produção em todo o país, o que permite uma oferta mais próxima dos centros consumidores e menores custos de logística. Isso acaba refletindo nos preços mais baixos para o consumidor final.

A batata também apresentou queda nas cotações, resultado da intensificação da safra de inverno em todo o país. O total comercializado nas 11 centrais de abastecimento foi superior a 100 mil toneladas.

Já a alface teve uma queda menos intensa nos preços, devido às influências do clima na oferta e na demanda da folhosa. O ciclo da alface foi encurtado devido ao calor, o que fez com que os produtores colocassem seu produto no mercado ao mesmo tempo em que a demanda aumentava devido às altas temperaturas.

A cenoura também teve uma queda na média ponderada, apesar de não ter ocorrido em todos os mercados pesquisados. A oferta do produto foi menor no atacado em setembro, mesmo com as chuvas e temperaturas altas registradas no mês passado, o que provocou perda de qualidade e queda na demanda.

A única hortaliça que não apresentou um comportamento uniforme de preços foi o tomate, que variou de acordo com as maiores ou menores entradas do fruto durante o mês. As variações de temperatura afetaram a maturação do tomate, resultando em oscilações nos preços.

No caso das frutas, banana e mamão também registraram queda nos preços, assim como a maioria das hortaliças. A oferta de banana-prata aumentou devido à boa produção no sul e norte de Minas Gerais, o que fez com que o preço caísse. O mamão também teve uma maior oferta de diversas regiões produtoras, especialmente no sul da Bahia, o que resultou em uma queda nos preços.

As temperaturas mais altas aumentaram o consumo de laranja e melancia em setembro, intensificando a procura pelas frutas. Já a maçã teve um aumento nas cotações e uma queda na comercialização na maioria das Ceasas, o que é comum nessa época do ano devido à diminuição dos estoques das companhias classificadoras.

Em relação às exportações de frutas, o volume total exportado e o valor comercializado aumentaram em comparação ao ano passado. As vendas de bananas e mamões para o mercado externo foram menores, enquanto houve um aumento nas exportações de mangas, limões e limas, melancias e abacates.

Os dados analisados no Boletim Prohort foram coletados nas Ceasas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, São José (SC), Goiânia, Recife, Fortaleza, Rio Branco e Brasília.

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