De acordo com o texto aprovado, a política de enfrentamento ao Alzheimer e outras doenças deve contar com a participação de instituições de pesquisa, comunidade acadêmica e científica, além da sociedade civil. O poder público fica, então, obrigado a orientar as redes de saúde pública e privada sobre as doenças, incluindo a identificação de sinais e sintomas em fases iniciais.
O projeto também propõe que os órgãos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) incluam em um banco de dados as notificações relativas à ocorrência dessas enfermidades. O objetivo é facilitar a disseminação de informações clínicas e apoiar a pesquisa médica. Além disso, o SUS deverá apoiar o desenvolvimento de tratamentos e medicamentos para essas doenças.
A proposta prevê ainda que a política nacional siga o Plano de Ação Global de Saúde Pública da Organização Mundial da Saúde em Resposta à Demência e incentive hábitos de vida voltados para a promoção da saúde e a prevenção de comorbidades.
O Alzheimer, doença que foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915), se manifesta como uma demência, caracterizada pela perda de funções cognitivas, como memória, orientação, atenção e linguagem, causada pela morte de células cerebrais.
Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer, quando diagnosticada precocemente, é possível retardar o avanço da doença e ter um melhor controle dos sintomas, o que proporciona uma melhor qualidade de vida tanto para o paciente quanto para a família.
A criação da Política Nacional de Enfrentamento à Doença de Alzheimer e Outras Demências é um importante avanço no combate a essas doenças e na promoção da saúde mental no país. A participação das instituições de pesquisa, da comunidade acadêmica e científica, além da sociedade civil, é fundamental para o desenvolvimento de novos tratamentos e para o apoio aos pacientes e suas famílias. Agora, cabe ao Plenário da Câmara dos Deputados analisar e aprovar a proposta, para que ela possa se tornar lei e trazer benefícios concretos para aqueles que sofrem com essas doenças neurodegenerativas.