Assembleia Geral da ONU aprova proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio com pedido de trégua humanitária imediata.

A proposta de resolução sobre o conflito no Oriente Médio apresentada pela Jordânia foi aprovada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (27), com 120 votos favoráveis. O documento, assinado por 39 países membros da ONU, pede uma “trégua humanitária imediata, duradoura e sustentada que conduza ao cessar das hostilidades”.

Aprovada em caráter emergencial, a proposta exigiu os votos de dois terços dos países membros para ser aprovada. Ao todo, 14 países votaram contra e 45 se abstiveram. As resoluções da Assembleia Geral não têm caráter obrigatório, representando mais um gesto político dos países.

Entre os países que votaram a favor da proposta estão o Brasil, Jordânia, Argentina, Egito, China, Líbano, Rússia, Portugal, Arábia Saudita e África do Sul. Já Israel, Estados Unidos, Guatemala, Áustria, Hungria e Paraguai votaram contra.

A proposta da Jordânia foi criticada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfild, por não condenar o Hamas e não mencionar os 200 reféns sequestrados pelo grupo que controla a Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro.

Além da trégua humanitária, o documento aprovado pela ONU também exige a libertação imediata e incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente mantidos em cativeiro. O texto também pede que ambas as partes cumpram com o direito internacional, que os civis de Gaza tenham acesso a bens e serviços essenciais e que seja anulada a ordem de Israel para evacuação do norte do enclave palestino.

A resolução destaca que uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino só poderá ser alcançada por meios pacíficos, de acordo com as resoluções relevantes das Nações Unidas e do direito internacional, baseando-se na solução de dois Estados.

A aprovação dessa proposta pela Assembleia Geral da ONU representa um importante passo na busca por uma solução pacífica para o conflito no Oriente Médio. No entanto, é importante ressaltar que as resoluções da ONU não possuem caráter vinculativo, ou seja, não são obrigatórias para os Estados membros.

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