Aprovada em caráter emergencial, a proposta exigiu os votos de dois terços dos países membros para ser aprovada. Ao todo, 14 países votaram contra e 45 se abstiveram. As resoluções da Assembleia Geral não têm caráter obrigatório, representando mais um gesto político dos países.
Entre os países que votaram a favor da proposta estão o Brasil, Jordânia, Argentina, Egito, China, Líbano, Rússia, Portugal, Arábia Saudita e África do Sul. Já Israel, Estados Unidos, Guatemala, Áustria, Hungria e Paraguai votaram contra.
A proposta da Jordânia foi criticada pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfild, por não condenar o Hamas e não mencionar os 200 reféns sequestrados pelo grupo que controla a Faixa de Gaza desde o dia 7 de outubro.
Além da trégua humanitária, o documento aprovado pela ONU também exige a libertação imediata e incondicional de todos os civis que permanecem ilegalmente mantidos em cativeiro. O texto também pede que ambas as partes cumpram com o direito internacional, que os civis de Gaza tenham acesso a bens e serviços essenciais e que seja anulada a ordem de Israel para evacuação do norte do enclave palestino.
A resolução destaca que uma solução justa e duradoura para o conflito israelense-palestino só poderá ser alcançada por meios pacíficos, de acordo com as resoluções relevantes das Nações Unidas e do direito internacional, baseando-se na solução de dois Estados.
A aprovação dessa proposta pela Assembleia Geral da ONU representa um importante passo na busca por uma solução pacífica para o conflito no Oriente Médio. No entanto, é importante ressaltar que as resoluções da ONU não possuem caráter vinculativo, ou seja, não são obrigatórias para os Estados membros.