Guerra em Gaza aumenta em 20% a taxa de pobreza e diminui o PIB em 4,2%, revela relatório da ONU

No último mês, a Palestina enfrentou uma intensa onda de bombardeios que resultou no aumento da taxa de pobreza em 20% em todo o território ocupado. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) da região, que inclui a Cisjordânia, sofreu uma queda significativa de 4,2%. Os dados são provenientes de um estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da Comissão Econômica e Social para a Ásia Ocidental.

De acordo com o levantamento, cerca de 390 mil pessoas ficaram desempregadas no estado ocupado, afetando a economia e o sustento de milhares de famílias. A região é habitada por mais de 5,4 milhões de pessoas, de acordo com o Escritório de Estatística da Autoridade Nacional Palestina.

Caso a guerra persista pelo segundo mês consecutivo, a estimativa é que a taxa de pobreza atinja um terço da população, alcançando a marca de 34%. Isso resultaria no empurrar de meio milhão de pessoas para a linha de pobreza, agravando ainda mais a situação econômica e social na região.

Além disso, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) pode sofrer um atraso de até 16 anos na Cisjordânia e de até 19 anos na Faixa de Gaza, impactando o desenvolvimento e a qualidade de vida da população.

Desde o início dos bombardeios em 7 de outubro, quase 1,5 milhão de pessoas, das cerca de 2,2 milhões que vivem em Gaza, foram obrigadas a deixar suas residências, sobrevivendo em condições precárias como deslocados internos. Quase metade das residências na região foram destruídas ou danificadas, resultando em um cenário de destruição e desamparo.

Diante desse cenário, o estudo aponta que a recessão econômica deve agravar ainda mais a situação humanitária na Palestina, evidenciando a urgência de uma ação rápida e efetiva para amenizar o sofrimento da população afetada.

O Pnud faz um apelo por um cessar-fogo imediato e a libertação de todos os reféns feitos pelo Hamas desde o início dos conflitos, buscando amenizar o impacto humanitário e promover um ambiente de paz e estabilidade na região.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo