A ministra destacou que o plano de combate ao desmatamento na Amazônia, que foi lançado em junho, já resultou em uma redução de 49,5% nos primeiros 10 meses do ano. Além disso, o plano para o Cerrado também está concluído e deve ser lançado em breve, e os demais planos para os biomas Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa estão previstos para serem finalizados até junho de 2024.
No que diz respeito à COP 28, a ministra ressaltou que o Brasil pretende reforçar o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, com redução das emissões de gases de efeito estufa. Ela também salientou a importância de cobrar recursos para reparação e para uma transição justa para os países em desenvolvimento.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento na Amazônia Legal teve uma queda de 22,3% em relação ao ano anterior, alcançando 9.001 quilômetros quadrados. O secretário de Combate ao Desmatamento do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, destacou que o desmatamento e as queimadas são responsáveis por mais de 50% das emissões de gases do país e que, reduzindo significativamente esses problemas, o Brasil poderá fazer uma grande contribuição para a redução das emissões a nível global.
A COP 28 está agendada para ocorrer em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, onde o presidente Lula participará nos dias 1 e 2 de dezembro, durante a reunião de cúpula com 140 chefes de Estado e de governo. O Brasil terá uma delegação com cerca de 1,5 mil participantes da sociedade civil, de empresas privadas, do Congresso Nacional, de governos estaduais e do governo federal.
Por fim, a ministra Marina Silva também informou que está trabalhando na identificação de municípios brasileiros mais vulneráveis a efeitos extremos do clima, como chuvas e secas intensas, de forma a garantir tratamento prioritário na implementação de políticas públicas. A cooperação nesse sentido está sendo feita em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
