BNDES assume copresidência do D20, grupo que reúne os 20 maiores investidores e instituições financeiras de longo prazo do mundo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi eleito para presidir o D20 Long-Term Investors Club (D20) pelos próximos dois anos. Esta é a primeira vez que o BNDES alcança essa posição, que será compartilhada com o Banco Europeu de Investimentos (BEI).

O grupo D20 é composto pelos 20 maiores investidores e instituições financeiras de longo prazo do mundo, principalmente do G20, que reúne as maiores economias mundiais, a União Europeia e a União Africana. A formalização do BNDES como copresidente ocorreu durante um encontro em Dubai, paralelo à Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o D20 é um espaço relevante para estratégias capazes de enfrentar a crise climática, referindo o desafio na transição energética e descarbonização da indústria como prioridades. Ele acrescentou que o clube planeja liderar uma agenda que prioriza articulações entre os setores público e privado para investir em infraestrutura e projetos de transição para cidades inteligentes e sustentáveis.

Durante a presidência no D20, o BNDES irá colaborar com a Finance in Common (Fics), rede mundial de bancos públicos de desenvolvimento. De acordo com Mercadante, o objetivo é contribuir significativamente para o G20, que é considerado o fórum mais importante da governança global.

Além disso, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva destacou a necessidade de modificar a atuação de instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial, durante a reunião de cúpula do Mercosul. Lula criticou a característica sufocante desses órgãos financeiros, afirmando que eles emprestam recursos de forma prejudicial aos países.

Com o Brasil também assumindo a presidência do G20, esse período será marcado por desafios e negociações internacionais, e a posição do BNDES no D20 coincidirá com o momento em que o Brasil sediará a Cúpula do G20 em novembro de 2024. O trabalho e as ações do BNDES e do D20 serão fundamentais para influenciar as decisões globais em questões relacionadas ao financiamento internacional e à governança global.

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