Segundo a coordenadora do Centro de Emergência do Hias, Érica Coutinho, o aumento na permanência de pessoas em ambientes fechados durante as chuvas ajuda na propagação de vírus respiratórios, contribuindo para a incidência de doenças respiratórias, sobretudo em crianças. A umidade e a variação de temperatura também contribuem para esse cenário, tornando as crianças mais suscetíveis a infecções respiratórias.
Diante disso, Coutinho destaca a importância das medidas preventivas e orienta a busca por atendimento médico em casos mais graves, como febre persistente por mais de dois ou três dias, extrema debilitação, recusa de alimentação ou esforço significativo para respirar. Ela também reforça a importância das práticas de higiene e cuidados com a alimentação e hidratação adequadas, além de garantir que as vacinas estejam em dia.
No HRN, referência única para casos de urgência e emergência pediátrica na Região Norte, a equipe multidisciplinar conta com médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos e assistentes sociais. A coordenadora médica da emergência pediátrica do HRN, Inara Araujo Leandro Gonzalez, ressalta que crianças com quadros graves são atendidas e estabilizadas no serviço e, dependendo do caso, encaminhadas para a clínica, a unidade de terapia intensiva (UTI) pediátrica ou o centro cirúrgico do hospital.
A médica pediatra do HRN, Ana Paula Oliveira, aponta que a febre é um dos principais sintomas que preocupa os pais, mas ressalta que não é o único sinal de alerta. Ela orienta a observar outros indícios preocupantes, como irritabilidade excessiva, recusa alimentar, vômitos incoercíveis e dor no pescoço.
Portanto, é essencial que os responsáveis adotem medidas preventivas, como a lavagem das mãos e a busca por atendimento médico em casos mais graves, com o objetivo de proteger a saúde das crianças e evitar o sobrecarregamento do sistema de saúde durante o período chuvoso.