De acordo com a CGU, o grupo investigado atuava em outras cidades piauienses, além de Prata do Piauí, fraudando licitações e contratando empresas de fachada que cometiam “irregularidades graves” também na construção ou reforma de unidades básicas de saúde. O monitoramento dos suspeitos indicou que as obras sob suspeita estavam sendo executadas diretamente por agentes públicos municipais em algumas localidades.
A operação mobilizou 60 policiais federais e cinco auditores da CGU para cumprir 16 mandados judiciais de busca e apreensão em Pimenteiras, Teresina, Valença (PI), Juazeiro do Norte (CE) e Brasília. Além disso, cerca de R$ 17 milhões foram bloqueados e sequestrados das contas dos investigados, cujos nomes não foram divulgados.
A CGU ressaltou que os fatos investigados têm impacto direto para a população dos municípios envolvidos nos desvios, já que resultam em obras não finalizadas ou executadas de forma precária. Além disso, a utilização de mão de obra não formalizada resulta na precarização das relações de trabalho da população das localidades envolvidas.
A Operação Creta é mais um capítulo na luta contra a corrupção e o desvio de recursos públicos no Brasil. A ação conjunta entre PF, CGU, TCU e outros órgãos de controle reforça o compromisso do Estado em combater atividades criminosas que afetam diretamente a qualidade de vida da população e a transparência na gestão pública. A expectativa é de que, com o avanço das investigações e a punição dos responsáveis, haja um desestímulo para práticas ilícitas e um maior zelo na aplicação dos recursos públicos.