Sarna entre refugiados afegãos aguardando acolhimento no Aeroporto de Guarulhos preocupa autoridades de saúde e assistência social.

No Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, 122 pessoas provenientes do Afeganistão aguardam por acolhimento. De acordo com a prefeitura de Guarulhos, dois casos de sarna foram identificados entre os refugiados.

A administração municipal está fornecendo atendimento de emergência aos afegãos que chegam ao país com visto humanitário. Os refugiados estão recebendo café da manhã, almoço, jantar, água e cobertores. Além disso, equipes do posto no aeroporto estão disponíveis para atender quaisquer emergências, incluindo necessidades de saúde, com vacinas e atendimento médico.

A prefeitura disponibilizou 207 vagas para acolhimento, enquanto o governo do estado de São Paulo ofereceu mais 50 vagas. No entanto, de acordo com as autoridades locais, todas as vagas estão ocupadas.

Os refugiados estão recebendo atendimento médico nas unidades básicas de saúde da região, além de auxílio para tirar documentos, como o CPF, e participar de cursos de português.

O fluxo de refugiados do Afeganistão para o Aeroporto de Guarulhos começou em 2021, após a retirada das tropas dos Estados Unidos do país, depois de 20 anos de ocupação. Esse movimento ocorreu após o grupo fundamentalista Talibã retomar o poder.

O Talibã é um grupo fundamentalista religioso que assumiu o poder pela primeira vez em 1996, promovendo execuções de adversários e aplicando sua interpretação da lei islâmica. Durante a sua governação, impôs regras severas, como a proibição de televisão, música e cinema, além de restrições severas aos direitos das mulheres.

A ocupação dos Estados Unidos no Afeganistão foi uma resposta aos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, que mataram quase 3 mil pessoas em Nova York. As operações militares no Afeganistão começaram em outubro de 2001, após acusações de que o Talibã estava abrigando o grupo terrorista Al Qaeda.

Apesar da presença militar dos Estados Unidos, o Talibã retomou o controle do país em 2021, reinstaurando um governo fundamentalista. E desde então, houve um aumento no fluxo de refugiados afegãos buscando abrigo em outros países, incluindo o Brasil.

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