De acordo com a Polícia Federal, os crimes praticados com recursos do PNAE têm potencial impacto social relevante, já que afetam verbas destinadas aos serviços de educação para a população, especialmente a de baixa renda, que muitas vezes depende da merenda escolar como única fonte de alimentação diária.
As investigações da Operação Farnel apontam que os suspeitos alteravam planilhas de produtos destinados à merenda escolar entregues por produtores rurais em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.
A operação busca aumentar o conjunto de provas já existente, com o intuito de esclarecer o montante total dos valores desviados e também revelar uma eventual participação de servidores públicos nas condutas criminosas investigadas.
Segundo a Polícia Federal, há indícios de adulteração de informações inseridas em declaração de aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Esse documento é essencial para que o agricultor familiar possa ter acesso às verbas federais vinculadas ao PNAE.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de estelionato, falsificação de documentos públicos e crimes licitatórios, de acordo com as informações levantadas pela Polícia Federal.
A operação representou mais um passo importante no combate à corrupção e à má administração dos recursos públicos, demonstrando o compromisso das autoridades em coibir práticas ilegais que prejudicam diretamente a população mais necessitada. A Polícia Federal segue empenhada em investigar e responsabilizar os envolvidos em esquemas de desvio de verbas públicas, buscando garantir a transparência e a eficiência na gestão de recursos destinados à educação e à alimentação escolar.