Amorim ressaltou o potencial de geração de empregos e rendimentos que a produção rural tem, beneficiando não apenas os assentados, mas também as comunidades ao redor. No entanto, ele criticou a falta de diretrizes e um programa efetivo de reforma agrária por parte do governo, enfatizando que as verbas destinadas a esse fim têm sido escassas.
Além da preocupação com a pobreza no campo, o MST também demonstrou preocupação com a violência contra movimentos de camponeses e populações indígenas. Ceres Hadich, da direção nacional do MST, denunciou a organização de grupos armados, como o autointitulado Invasão Zero, que têm confrontado movimentos pela reforma agrária e ocupações de terras. Ela destacou que essas ações são uma afronta contra a democracia e os direitos legítimos das organizações populares.
Apesar da violência, o MST reafirmou seu compromisso com as ocupações de terras e manifestações como formas de resistência e luta pela reforma agrária. Jaime Amorim enfatizou que o movimento não irá desistir de seus métodos tradicionais de luta.
O diálogo com a sociedade também foi ressaltado como uma estratégia importante pelo MST. A divulgação da produção das famílias assentadas pela reforma agrária e a venda direta de produtos nas feiras e lojas do movimento têm contribuído para uma maior compreensão do papel do MST na sociedade brasileira.
Diante desse cenário, o movimento reforça a importância da reforma agrária como uma solução eficaz para enfrentar a pobreza no país e garantir condições dignas de vida para as famílias do campo.