Entidades criticam corte tímido na taxa Selic e defendem redução mais significativa para impulsionar a economia.

O corte de meio ponto percentual na taxa Selic (juros básicos da economia) recebeu duras críticas de entidades do setor produtivo e centrais sindicais. Segundo representantes da indústria e dos sindicatos, os juros continuam altos, travando a economia e encarecendo o crédito.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classificou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) como “injustificável” e pediu mais ousadia no ritmo de queda da taxa Selic. O presidente da CNI, Ricardo Alban, afirmou que é necessário uma redução mais significativa do custo financeiro suportado pelas empresas, para não penalizar a economia brasileira e os brasileiros com menos emprego e renda.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também considerou crucial a continuidade das reduções da taxa Selic, mas afirmou que existe espaço para cortes mais intensos. A entidade ressaltou que as expectativas para a inflação em 2024 estão abaixo do teto da meta, e que o câmbio pode contribuir para controlar a inflação.

As centrais sindicais, como a CUT e a Força Sindical, também criticaram a diminuição de 0,5 ponto na taxa Selic, chamando-a de tímida e insuficiente. A CUT pediu cortes mais agressivos, alegando que os juros continuam altos e prejudicam as medidas do governo para a recuperação da economia. A Força Sindical destacou que juros em patamares estratosféricos sangram as riquezas do país, criam enormes obstáculos ao desenvolvimento nacional e comprometem a geração de postos de trabalho e os investimentos sociais.

Em suma, tanto as entidades do setor produtivo quanto as centrais sindicais estão insatisfeitas com o corte de meio ponto percentual na taxa Selic, alegando que a redução não é suficiente para impulsionar a economia, aumentar o emprego e melhorar a renda dos brasileiros. As críticas se baseiam na necessidade de cortes mais agressivos nos juros para promover um crescimento expressivo da economia e beneficiar o setor produtivo.

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