Aumento de casos de bronquiolite preocupa autoridades de saúde no estado do Rio de Janeiro.

No cenário atual, os hospitais do estado do Rio de Janeiro têm lidado com um aumento significativo nos casos de bronquiolite, uma inflamação causada por vírus que afeta principalmente bebês. Segundo dados levantados pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES-RJ), a incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes por outras causas também apresentou um aumento preocupante, passando de 228 para 366 registros nas últimas semanas.

A bronquiolite é uma condição clínica ocasionada pela inflamação dos bronquíolos, as vias aéreas inferiores responsáveis por transportar oxigênio para os pulmões. Embora seja mais comum em crianças menores de dois anos, essa infecção pode se agravar rapidamente caso não seja tratada adequadamente. Os sintomas mais frequentes incluem coriza, tosse leve, febre persistente por mais de três dias, respiração acelerada e com dificuldade, além de fadiga.

Diversos agentes infecciosos, como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza, parainfluenza e adenovírus, podem desencadear a bronquiolite. O VSR é apontado como o principal causador dessa condição, porém, ainda não existe uma vacina disponível para crianças. Nesse contexto, a SES-RJ recomenda a imunização contra a Influenza, que pode contribuir positivamente na contenção dos casos.

Com o intuito de prevenir um possível colapso do sistema de saúde devido ao aumento de casos, a SES-RJ adotou medidas proativas. Recentemente, a capacidade de leitos no Hospital Zilda Arns, em Volta Redonda, foi ampliada de 20 para 30 leitos de UTI pediátrica, podendo chegar a 40 se a incidência de bronquiolite continuar em ascensão.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressaltou a importância do monitoramento constante desses casos, destacando que essa prática permite uma rápida identificação de mudanças nos cenários de saúde. “Desta forma, ampliamos imediatamente a capacidade do Hospital Zilda Arns e, caso seja necessário, vamos abrir leitos em outras unidades”, afirmou Mello.

Diante desse cenário desafiador, a população é incentivada a buscar a vacinação contra a gripe, disponível nas unidades de saúde, como forma de prevenção e controle de doenças respiratórias, incluindo a bronquiolite. A campanha de vacinação contra a gripe busca atingir 90% de cobertura vacinal dos grupos prioritários, que correspondem a 6,7 milhões de pessoas no estado do Rio de Janeiro. Até o momento, houve 1 milhão e 141 mil aplicações do imunizante, representando uma cobertura de 16,17% dos grupos prioritários, um número que a SES-RJ espera aumentar significativamente em comparação com o ano anterior.

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