OMS alerta para escassez global de medicamentos e risco de remédios falsificados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta preocupante sobre a escassez de medicamentos em nível global, com impactos significativos em países de baixa e média renda. Segundo a entidade, o número de medicamentos em falta em dois ou mais países cresceu inquietantes 101% desde setembro de 2021. A preocupação da OMS não se centra apenas na falta de medicamentos, mas também no aumento do risco de produtos falsificados ou de qualidade inferior, bem como na busca por tratamentos não oficiais, como a compra de medicamentos pela internet.

Especificamente, a escassez de medicamentos para o tratamento do diabetes tipo 2 tem sido motivo de grande preocupação. A substância semaglutida, princípio ativo do Ozempic, utilizado para controlar o apetite, tem enfrentado escassez a nível global, o que gera um vazio que muitas vezes é preenchido por versões falsificadas. A OMS aconselha os pacientes a adquirirem medicamentos somente de fornecedores autorizados e regulamentados, a fim de evitar riscos graves para a saúde.

A situação se agrava com a identificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de um lote irregular do Ozempic no Brasil. A empresa detentora do registro, Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda, identificou unidades com características divergentes do medicamento original e comunicou à agência, reforçando a preocupação com medicamentos falsificados que podem não apenas ser ineficazes, mas também causar reações tóxicas e representar riscos à saúde pública.

A OMS reforça que medicamentos falsificados geralmente não têm eficácia, são produzidos em condições pouco higiênicas por pessoal não qualificado e podem conter impurezas desconhecidas, além de estar contaminados com bactérias. Dessa forma, é fundamental que as autoridades e entidades reguladoras estejam atentas e tomem medidas para evitar a disseminação e comercialização desses produtos perigosos.

Portanto, a escassez de medicamentos e a proliferação de produtos falsificados representam um desafio significativo para a saúde global, exigindo uma ação concertada de entidades reguladoras, fabricantes e autoridades de saúde para garantir o acesso a medicamentos seguros e eficazes para todos.

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