Especificamente, a escassez de medicamentos para o tratamento do diabetes tipo 2 tem sido motivo de grande preocupação. A substância semaglutida, princípio ativo do Ozempic, utilizado para controlar o apetite, tem enfrentado escassez a nível global, o que gera um vazio que muitas vezes é preenchido por versões falsificadas. A OMS aconselha os pacientes a adquirirem medicamentos somente de fornecedores autorizados e regulamentados, a fim de evitar riscos graves para a saúde.
A situação se agrava com a identificação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de um lote irregular do Ozempic no Brasil. A empresa detentora do registro, Novo Nordisk Farmacêutica do Brasil Ltda, identificou unidades com características divergentes do medicamento original e comunicou à agência, reforçando a preocupação com medicamentos falsificados que podem não apenas ser ineficazes, mas também causar reações tóxicas e representar riscos à saúde pública.
A OMS reforça que medicamentos falsificados geralmente não têm eficácia, são produzidos em condições pouco higiênicas por pessoal não qualificado e podem conter impurezas desconhecidas, além de estar contaminados com bactérias. Dessa forma, é fundamental que as autoridades e entidades reguladoras estejam atentas e tomem medidas para evitar a disseminação e comercialização desses produtos perigosos.
Portanto, a escassez de medicamentos e a proliferação de produtos falsificados representam um desafio significativo para a saúde global, exigindo uma ação concertada de entidades reguladoras, fabricantes e autoridades de saúde para garantir o acesso a medicamentos seguros e eficazes para todos.