UTIs humanizadas: Projetos de visita estendida beneficiam pacientes e familiares no Ceará

O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), no Ceará, implementou recentemente o projeto de visita estendida na UTI adulto, visando proporcionar maior contato entre pacientes e familiares. A iniciativa inclui criteriosa triagem, envolvendo profissionais médicos, de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais e atendimento ao cliente.

Essa abordagem é uma resposta à necessidade de humanização dos cuidados intensivos, considerando que a presença de familiares durante o período de internação pode contribuir significativamente para o bem-estar dos pacientes. A visita estendida está condicionada a critérios específicos, como a condição consciente e orientada do paciente. Além disso, as visitas ocorrem em horários específicos, estendendo-se das 11h às 17h30.

O coordenador médico da UTI adulto, Denison Couto, destaca os benefícios dessa prática, ressaltando que a presença dos familiares pode reduzir o tempo de internação e contribuir para a familiarização e conforto dos pacientes. Segundo Couto, a estratégia teve início em 2018, mas precisou ser interrompida durante a pandemia e foi reintroduzida este ano.

No Hospital Regional Norte (HRN), a implementação da visita estendida também tem apresentado resultados positivos. Familiares relatam que a presença prolongada junto aos pacientes melhora significativamente o bem-estar emocional, além de contribuir para a recuperação e redução de sintomas ansiosos e depressivos.

De acordo com o coordenador de Enfermagem da UTI Adulto do HRN, Diego Pinheiro, a presença dos familiares no processo de recuperação do paciente tem sido fundamental, resultando em melhorias no quadro clínico e psicológico. Além disso, esses familiares passam a participar ativamente na prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS) e nas visitas multiprofissionais.

A iniciativa, portanto, tem se mostrado benéfica não apenas do ponto de vista emocional, mas também no aspecto clínico, contribuindo para uma abordagem mais humanizada e eficiente no contexto de cuidados intensivos. A participação ativa dos familiares no processo de recuperação dos pacientes tem potencial para continuar a ser uma prática relevante em unidades de saúde que buscam acompanhar as melhores práticas e cuidados com os pacientes em situações críticas.

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