Reunião técnica do G20 define quatro prioridades para infraestrutura global, incluindo resiliência climática, redução da pobreza e risco cambial.

Na última semana, o Grupo de Trabalho de Infraestrutura do G20 realizou sua primeira reunião técnica, onde foi discutida a definição de quatro prioridades para os trabalhos iniciais a serem abordados pelas 20 maiores economias do mundo. Além da busca por financiamentos de infraestruturas resilientes às mudanças climáticas, as prioridades incluem o objetivo de criar melhores condições para a redução da pobreza, mitigar riscos cambiais e integrar fronteiras.

Marden Barboza, coordenador brasileiro do grupo, afirmou que o papel do G20 não é estabelecer regras para o mundo, mas sim lançar ideias, boas práticas e experiências que podem ser adotadas caso os países tenham interesse. Ele reforçou que o que é feito nas reuniões do grupo é uma espécie de biblioteca de ideias que ficam disponíveis aos países-membros.

O Brasil, que atualmente preside o G20, aproveita a oportunidade para apresentar temas de interesse estratégico com o intuito de sensibilizar outros países. O texto discutido é construído após muitas consultas aos demais membros, sempre buscando um meio termo. Barboza ressaltou que os quatro temas definidos foram bem-aceitos nas reuniões.

A primeira prioridade discutida é o financiamento de infraestruturas resilientes às mudanças climáticas, com foco em adaptar as estruturas para lidar com efeitos extremos como desastres climáticos, deslizamentos, seca e enchentes. A segunda prioridade diz respeito à relação entre infraestrutura e redução da pobreza, buscando investir mais e melhor em infraestruturas que atendam populações mais carentes.

Já a terceira prioridade é a mitigação do risco cambial no financiamento de projetos de infraestrutura, com o objetivo de resolver o dilema enfrentado por investidores privados em países com moedas voláteis. Por fim, a quarta prioridade é a integração transfronteiriça, com foco na interconexão de fronteiras e no desafio de criar infraestruturas que se adaptem às diferenças entre os países.

Segundo Barboza, a primeira reunião do grupo serviu para ouvir as primeiras sugestões, e a expectativa é que na próxima reunião, em abril, haja mais material para debates após pequenos ajustes. A reunião foi vista como um marco importante para o início das discussões e definições sobre os temas prioritários para os trabalhos do Grupo de Trabalho de Infraestrutura do G20.

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