Internos de prisão no Ceará contribuem para o programa Ceará Sem Fome com produção de caixotes de alimentos

Internos de uma unidade prisional no Ceará estão fazendo a diferença ao participar da produção de caixotes utilizados nas campanhas de arrecadação de alimentos do Programa Ceará Sem Fome. A ação acontece na Unidade Prisional Professor José Sobreira de Amorim (UP-Sobreira Amorim), onde os detentos participam de uma oficina de marcenaria e serralheria.

A produção dos caixotes foi possível graças às doações de madeira da Associação Cearense de Supermercados (Acesu), uma das apoiadoras do Pacto por um Ceará Sem Fome. Ao todo, 14 caixotes foram entregues, todos produzidos pelos internos que participaram da ação. Eles foram capacitados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai – CE), por meio do Projeto de Implantação de Oficinas Produtivas Permanentes em estabelecimentos penais (PROCAP 2019).

A presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, Lia de Freitas, destaca a importância da participação de todos no programa de combate à insegurança alimentar. Ela ressalta que diversas secretarias, incluindo a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), estão envolvidas no Ceará Sem Fome, contribuindo com políticas desenvolvidas em suas pastas.

Freitas também ressalta o sucesso da arrecadação de alimentos durante a ação, que resultou na entrega de mais de 100 toneladas de alimentos para entidades credenciadas pelo programa. Além disso, quatro mil quilos de alimentos foram entregues para seis entidades credenciadas pelo programa nesta terça-feira.

O projeto de produção dos caixotes também recebeu elogios do titular da SAP, Mauro Albuquerque, que enfatizou a importância da capacitação profissional dos internos para contribuir com o programa de combate à fome no Ceará. Ele ressaltou a satisfação em participar de ações que visam a ressocialização e demonstrou o desejo de continuar trabalhando em projetos dessa natureza.

Já um dos internos participantes, Daniel Targino, expressou sua satisfação em contribuir para o projeto, destacando que, apesar de estar cumprindo pena, teve a oportunidade de se tornar uma pessoa melhor por meio de estudo e capacitação. Para ele, a participação nesse tipo de ação demonstra um novo caminho e uma nova perspectiva de futuro, não só para ele, mas para outros detentos que passam pela mesma situação.

Essa iniciativa mostra como a ressocialização e a capacitação profissional podem fazer a diferença na vida de detentos, auxiliando não apenas na reintegração à sociedade, mas também contribuindo para a luta contra a fome.

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