Incêndio na Serra do Amolar, em Mato Grosso do Sul, destrói 2,7 mil hectares e ameaça biodiversidade do Pantanal

Após 12 dias de intensos esforços, as equipes de combate a incêndios finalmente conseguiram controlar o fogo que assolava a região da Serra do Amolar, em Mato Grosso do Sul. O incêndio, que teve início no dia 27 de janeiro, deixou um rastro de destruição, consumindo cerca de 2,7 mil hectares em uma área que é considerada Patrimônio Natural da Humanidade.

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), responsável pelo monitoramento da região, informou que apesar do controle do fogo, as consequências do incêndio serão duradouras. Segundo eles, as cicatrizes deixadas pela queimada ficarão evidentes, impactando negativamente o ecossistema local.

A Serra do Amolar é uma região localizada no Pantanal, próxima a Corumbá, e desempenha um papel fundamental na formação de um corredor de biodiversidade e na proteção ambiental. O local possui uma combinação única de elementos geográficos, climáticos e ecológicos, que criam ecossistemas que não são encontrados em outras partes do Pantanal.

Devido a suas particularidades, a região abriga espécies de plantas e animais exclusivas, tornando-se um ponto de extrema importância para a conservação da biodiversidade. Com cerca de 80 km de morrarias e quase mil quilômetros de altitude, a Serra do Amolar apresenta um potencial único para a preservação de espécies endêmicas.

O incêndio teria sido causado por um pequeno proprietário rural da região, que teria iniciado o fogo enquanto tentava limpar uma vegetação flutuante conhecida como bagaceiro. A prática resultou em um desastre ambiental que afetou diretamente a fauna e a flora local.

Devido à gravidade dos danos causados pelo incêndio, o caso foi relatado à Polícia Militar Ambiental, que tomará providências para a fiscalização e responsabilização do responsável pelo início das chamas. A região agora enfrenta o desafio de se recuperar dos impactos causados pelo incêndio, com esforços de conservação e restauração ambiental sendo necessários para mitigar os efeitos a longo prazo.

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