O presidente da SBI, Alberto Chebabo, em entrevista à Agência Brasil, destacou que remédios como ácido acetilsalicílico, popularmente conhecido como AAS ou aspirina, não são recomendados, pois agem sobre plaquetas, que já estão em queda na dengue. Além disso, corticoides também são contraindicados na fase inicial da doença.
Uma vez que a dengue é uma doença viral para a qual não existe tratamento antiviral, o foco reside no tratamento dos sintomas. Basicamente, o tratamento inclui analgésicos, antitérmicos e, ocasionalmente, medicação para vômito. Os principais sintomas relacionados à dengue são febre, vômito, dor de cabeça, dor no corpo e o aparecimento de lesões avermelhadas na pele.
Chebabo ressaltou a importância de não se automedicar e, ao primeiro sinal dos sintomas, procurar um posto de atendimento médico para exames clínicos e orientação sobre os sinais de alarme. Em casos mais graves, os pacientes devem ser encaminhados para unidades de pronto atendimento (UPAs) ou clínicas de família.
Entre os sinais de alarme, o presidente da SBI destacou o vômito incoercível, dor abdominal intensa, tontura, desidratação, cansaço, sonolência, alterações de comportamento e sinais de sangramento. Qualquer sangramento ativo deve levar à busca de atendimento médico, mas a maior preocupação deve ser com a hidratação e com sinais e sintomas de uma possível evolução para uma forma grave da doença.
Em relação ao carnaval e impacto na propagação da dengue, Chebabo afirmou que os festejos não agravam o problema, uma vez que a forma de transmissão da doença é através do mosquito Aedes aegypti. No entanto, ele alertou que o carnaval pode sobrecarregar o sistema de saúde devido a traumas, doenças respiratórias e desidratação associadas às festividades.
Portanto, é fundamental que a população esteja ciente dos cuidados necessários para prevenir a dengue e que busque atendimento médico ao menor sinal de suspeita da doença.
