A reunião, que contou com a presença de Bolsonaro, Nogueira e outros ministros, como os ex-titulares da CGU, Wagner Rosário, e do GSI, Augusto Heleno, foi marcada pela alegação de que as urnas eleitorais eletrônicas não poderiam ser auditadas e que o Poder Judiciário não tinha credibilidade. Bolsonaro chegou a afirmar que havia um complô para garantir a vitória do candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições.
Nogueira demonstrou preocupação com a participação dos militares na Comissão de Transparência Eleitoral criada pelo TSE, afirmando que a comissão era apenas para inglês ver e que apenas três das 15 propostas apresentadas pelas Forças Armadas foram aceitas. O TSE refutou as críticas feitas por Nogueira, alegando que algumas sugestões militares foram acolhidas e que o indeferimento de alguns pedidos de informações se deu devido à intempestividade da solicitação.
O vídeo da reunião foi divulgado pelo STF em meio à Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF para investigar uma suposta organização criminosa que teria tentado realizar um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. As declarações controversas feitas durante a reunião geraram intensos debates e levaram a questionamentos sobre a postura do governo em relação ao processo eleitoral e à atuação das Forças Armadas. O episódio evidencia as tensões políticas e institucionais que permeiam o cenário eleitoral e ressalta a importância do respeito às instituições democráticas no país.