No pronto-atendimento, onde se atendem casos de urgência e emergência, 89% dos serviços de saúde particulares do estado registraram alta de casos suspeitos de dengue. Metade dos hospitais consultados revelou crescimento entre 11% e 20% nas internações em leitos clínicos. No entanto, a maioria das unidades (89% do total) não registrou aumento nas internações em unidades de terapia intensiva (UTI). Apenas em 11% das instituições houve crescimento de até 5%.
O presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, destacou a importância do aumento das ações das autoridades sanitárias para orientar a população no controle da proliferação do mosquito transmissor e ações diretas de combate ao mosquito. Com essa preocupação em mente, o governo de São Paulo lançou o Painel de Monitoramento da Dengue, apresentando a evolução dos casos de arboviroses em todo o estado. Segundo os dados, 42.134 casos de dengue já foram confirmados em São Paulo neste ano, com nove óbitos e 15 em investigação.
Além disso, a procura por repelentes de insetos tem crescido significativamente desde o final do ano passado. Uma rede de farmácias relatou um aumento de 450% na busca por repelentes entre novembro de 2023 e janeiro de 2024 em todo o Brasil.
A pesquisa realizada pelo SindHosp também abordou a situação da covid-19 nos hospitais privados de São Paulo. Os dados mostram que 60% dos serviços de saúde confirmaram aumento de até 5% no pronto-atendimento para casos de covid-19, e todos os hospitais registraram aumento de até 5% em internações em leitos clínicos. No entanto, os casos têm sido menos graves, com 98% dos hospitais privados de São Paulo não registrando aumento nas internações em UTIs por causa da doença.