Segundo a defesa, Moraes não pode ser simultaneamente interessado e juiz do caso, já que o ministro é mencionado nas investigações como alvo dos supostos golpistas.
Além disso, os advogados de Bolsonaro também solicitaram a devolução do passaporte do ex-presidente, que foi apreendido durante a Operação Tempus Veritatis, autorizada por Moraes. Bolsonaro é um dos alvos da operação e foi proibido de deixar o país ou de se comunicar com os demais investigados.
A defesa alega que a Polícia Federal, em petição, confirmou que Moraes seria a vítima central dos atos investigados e destacou diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa.
O pedido de afastamento do ministro foi encaminhado ao presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, e é assinado por sete advogados, incluindo o criminalista Paulo Cunha Bueno e Fabio Wajngarten, ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência.
A PF informou, em um relatório encaminhado ao Supremo, que obteve indícios de que Bolsonaro recebeu e pediu alterações em uma minuta de decreto para realizar um golpe de Estado. O documento, segundo o relatório policial, previa intervenção na Justiça Eleitoral e a prisão de Moraes.
Notícias recentes mostram que a situação política no Brasil continua tensa e dividida, com novos desdobramentos constantes nas investigações envolvendo o ex-presidente e seus aliados. A tensão entre o poder judiciário e o poder executivo está em evidência, com pedidos de afastamento de membros do STF e ações judiciais que afetam o posicionamento do ex-presidente e seus seguidores.
Enquanto a situação se desenrola, é fundamental que as instituições jurídicas e políticas do Brasil continuem a operar de acordo com a lei e a Constituição do país, garantindo que as investigações sigam seu curso de maneira justa e imparcial. A busca pela verdade e pela justiça é fundamental para o fortalecimento da democracia brasileira.