Memorial no Senado homenageia vítimas da covid-19 com estruturas simbólicas de velas e traz reflexão sobre a tragédia humanitária.




Memorial em homenagem às vítimas da covid-19 é inaugurado no Senado

Um memorial foi inaugurado no Senado em homenagem às cerca de 710 mil pessoas que perderam suas vidas para a covid-19 no Brasil. O espaço, localizado na parte superior do Auditório Petrônio Portella, foi pensado para ser um chamamento à reflexão e ao acolhimento dos parentes e amigos das vítimas da pandemia que se alastrou por todo o mundo a partir de novembro de 2019.

No Brasil, a covid-19 acumulou 38,3 milhões de casos registrados até janeiro deste ano. Apesar de os números de casos terem diminuído substancialmente em relação ao ápice da pandemia, os registros ainda são significativos. Nas primeiras quatro semanas deste ano foram notificados 769 novos óbitos no país, que teve mais de 10% das vítimas fatais registradas da doença mesmo com pouco mais de 2,5% da população mundial.

História

O monumento é resultado da Resolução do Senado Federal 26, de 2021, originada a partir do PRS 46/2021, apresentado pelo relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Renan Calheiros. A matéria foi relatada pelo senador Omar Aziz, que presidiu a CPI.

Durante seis meses, os senadores da CPI da Pandemia ouviram centenas de pessoas e analisaram documentos que culminaram na recomendação de indiciamento de 78 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro, e de duas empresas: a Precisa Medicamentos e a VTCLog.

Simbolismo

Os arquitetos responsáveis pela concepção da obra explicam que o monumento foi pensado para proporcionar um espaço solene que permitisse a reflexão sobre o período trágico da pandemia. Os 27 prismas de mármore branco simbolizam os estados e o Distrito Federal e estão dispostos sobre um tablado escuro com iluminação no topo, fazendo alusão a velas acesas em honra das vítimas.

Visibilidade

Além da defesa da memória das vítimas, associações formadas por defensores de direitos humanos, lideranças sociais e políticas, assistentes sociais, médicos e demais profissionais da área da saúde lutam para que as famílias dos vitimados, que sofreram diferentes tipos de sequelas, não sejam esquecidas. Estima-se que atualmente haja pelo menos 130 mil crianças e adolescentes que tenham perdido um pai ou mãe ou os dois para a covid-19.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo