Plenário do Senado se prepara para votar aumento de tempo para candidatura de militares e projeto para evitar empate no Judiciário






Senado discutirá aumento de tempo para militares concorrerem em eleições

Na quinta-feira, dia 22, o Plenário do Senado deve realizar a quinta e última sessão de discussão sobre o aumento de 25 anos no tempo de serviço exigido para que militares federais possam concorrer em eleições sem perder a remuneração. Após essa etapa, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 42/2023, do senador Jaques Wagner (PT-BA), poderá ser analisada em primeiro turno. O texto recebeu voto favorável do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A PEC já foi analisada em duas sessões, mas ainda deve passar por mais três discussões – na terça (20), na quarta (21) e na quinta (22) – quando estará pronta para o primeiro turno de votação. A terceira sessão de análise estava prevista para ocorrer no dia 8 de fevereiro, mas foi adiada por falta de quórum.

Para ser aprovada, a PEC precisa ser acatada por no mínimo dois terços da Casa legislativa em dois turnos de votação.

Novas regras

De acordo com a proposta, apenas candidatos militares – do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica – com mais de 35 anos de serviço poderão passar para a reserva remunerada, que é uma situação de inatividade em que o oficial ou praça continua sendo pago pela União. Abaixo desse tempo de atividade, o militar será transferido para a reserva não remunerada no momento do registro da candidatura.

Segundo as regras atuais, se possuir mais de dez anos de serviço, o militar das Forças Armadas será temporariamente transferido para um tipo de inatividade com remuneração chamada “agregação”, mas poderá retornar à ativa se não for eleito. Já os militares com menos de dez anos de serviço serão transferidos para a reserva não remunerada ao terem seus registros de candidatura deferidos.

Empate no Judiciário

Na quarta-feira, os senadores discutirão o projeto de lei (PL) 3.453/2021, da Câmara dos Deputados, que busca evitar que decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça em matérias penais ou processuais penais sejam baseadas em empates. Para isso, o texto exige a suspensão do julgamento até que haja a presença do membro ausente ou de um substituto, dependendo do caso. Conforme o relatório da CCJ feito pelo senador Weverton (PDT-MA), a proposta traz segurança jurídica, pois os tribunais superiores possuem casos em que diferentes procedimentos foram adotados diante de um empate na votação.

Brasil-Líbano

Também na pauta de quarta-feira está o projeto de Resolução do Senado (PRS) 65/2023, que institui o Grupo Parlamentar Brasil-Líbano. A proposta, de autoria do senador Nelsinho Trad (PSD-MS), foi aprovada na Comissão de Relações Exteriores (CRE) em setembro do ano passado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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