Carnaval em São Paulo registra o maior número de violência contra crianças e adolescentes, aponta Ministério dos Direitos Humanos.

Durante o período de carnaval, o estado de São Paulo foi palco do maior número de casos de violência contra crianças e adolescentes, de acordo com dados divulgados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. As estatísticas revelam que foram registradas 1.596 denúncias no estado, feitas por meio do Disque 100, serviço da pasta.

O Rio de Janeiro também aparece em destaque, ocupando o segundo lugar na lista, com um total de 508 denúncias. Já Minas Gerais e Bahia ocupam a terceira e quarta posições, com 367 e 236 casos notificados, respectivamente.

O balanço divulgado pelo ministério destaca que os casos de negligência foram os mais recorrentes durante o período de carnaval, abarcando diversos tipos de violência sofrida por menores de idade. No total, o Disque 100 recebeu 3.654 denúncias relacionadas a essa situação específica, o que representa um aumento superior a 54% em comparação com o carnaval do ano anterior.

Além disso, as denúncias de maus-tratos também apresentaram um aumento significativo em relação ao carnaval passado. Enquanto em 2023 foram registrados 2.003 casos, neste ano o total subiu para 2.374. A violação da saúde de crianças e adolescentes também foi uma estatística preocupante, com um aumento de 13% nas notificações feitas ao Ministério.

As principais vítimas das violações durante o carnaval foram crianças de 7, 10 e 5 anos de idade. Assim como na violência contra mulheres, os dados revelam uma relação entre agressor e vítima, bem como o local onde os casos ocorreram. Durante o carnaval, 15,4 mil violações ocorreram na residência do suspeito ou suspeita, enquanto 6,3 mil violações ocorreram na casa da vítima.

Os números alarmantes revelados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania chamam a atenção para a urgência de medidas de proteção e apoio às vítimas de violência, sobretudo crianças e adolescentes. É essencial que a sociedade, o poder público e as instituições trabalhem em conjunto para proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para as crianças, garantindo o pleno exercício de seus direitos e preservando sua integridade física e emocional.

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