Fiocruz aumenta capacidade produtiva da vacina contra febre amarela para 120 milhões de frascos por ano após autorização da Anvisa

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) anunciou um aumento significativo na capacidade de produção da vacina contra a febre amarela. A partir da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a instituição passou de 60 milhões de frascos por ano para aproximadamente 120 milhões de frascos por ano. Essa nova capacidade foi alcançada por meio da retirada dos antibióticos da fórmula do imunizante e da otimização do processo produtivo do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA).

Segundo a vice-diretora de Qualidade de Bio-Manguinhos, Rosane Cuber, a vacina contra a febre amarela produzida pela instituição não é destinada apenas ao Brasil, mas também é exportada para mais de 70 países, por meio de agências da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante o surto de febre amarela ocorrido no Brasil entre 2016 e 2017, todos os estoques de vacina precisaram ser direcionados para o país, em um esforço para conter a disseminação da doença.

Além do aumento na concentração de vírus na vacina, Bio-Manguinhos também realizou a retirada dos antibióticos da fórmula, atendendo a solicitação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com essas mudanças, a instituição conseguiu aumentar a produção viral sem a necessidade de mais ovos utilizados no processo.

A produção dos novos lotes de IFA já conta com essas melhorias e deve estar disponível a partir de 2025. Com a capacidade ampliada, Bio-Manguinhos espera atender a demanda do Ministério da Saúde e das Nações Unidas. O IFA congelado pode ser armazenado por até cinco anos, e, conforme a demanda, é descongelado para a formulação e envasamento da vacina.

A vice-diretora ressaltou que, no momento, Bio-Manguinhos tem um estoque de IFA superior à demanda anual, garantindo que não haverá problemas de abastecimento da vacina contra a febre amarela no Brasil. A instituição está preparada para atender às solicitações do Ministério da Saúde e continuar contribuindo com a vacinação em outras regiões do mundo.

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