Os dados apontam que, apesar da redução em relação ao mês anterior, o desmatamento em janeiro ficou 10% acima do registrado no mesmo período de 2023, quando foram desmatados 46 mil hectares. A região do Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, foi responsável pela maioria do desmatamento no último mês, correspondendo a 64% do total.
Tocantins e Piauí foram os estados que mais tiveram áreas desmatadas, com 10 mil hectares cada. No entanto, destaca-se o aumento de 40% no desmatamento em Tocantins em relação a janeiro do ano anterior, enquanto Piauí manteve o mesmo nível. Além disso, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul também registraram um aumento na taxa de desmatamento, com 8 mil hectares de vegetação devastada.
Um dos pontos de destaque foi o município de Cotegipe, na Bahia, que liderou a lista de desmatadores em janeiro deste ano, com cerca de 2 mil hectares de vegetação perdidos – um aumento de 224% em relação ao mês anterior. Foi observado que 99% dos alertas de desmatamento na região estavam em áreas com cadastro ambiental rural privado.
O relatório também apontou a relação entre a situação fundiária e as taxas de desmatamento, destacando que as áreas sem posse definida foram as mais desmatadas, seguidas por áreas privadas. As unidades de conservação também foram impactadas, sendo as mais afetadas localizadas no Matopiba.
Portanto, evidencia-se a importância de políticas públicas eficazes de combate ao desmatamento no Cerrado, bem como a necessidade de um maior envolvimento do governo federal na preservação desta importante região.