Casal preso por exercício ilegal da medicina em clínica clandestina em Fortaleza: substâncias proibidas eram aplicadas em clientes.

No dia 2 de março de 2024, por volta das 08h31, uma operação conjunta entre a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) e a Vigilância Sanitária resultou na prisão de um casal que estava exercendo ilegalmente a medicina em uma clínica de estética clandestina no bairro Dendê, em Fortaleza. A investigação teve início após uma cliente, de 32 anos, procurar o 5º Distrito Policial (DP) para relatar complicações graves após um procedimento estético realizado na referida clínica.

A vítima apresentou reações adversas e precisou ser hospitalizada, o que levou os investigadores a agirem rapidamente. Com um mandado de busca e apreensão em mãos, os policiais civis e a Vigilância Sanitária foram até o estabelecimento, onde encontraram centenas de seringas, anestésicos, medicamentos vencidos e outros produtos irregulares.

Durante a operação, foi constatado que o casal, sem qualificação ou formação adequada, utilizava substâncias proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em seus clientes. Além disso, as seringas eram reutilizadas em diferentes pacientes, colocando a saúde e a vida das pessoas em risco.

Os suspeitos, um homem de 24 anos e uma mulher de 37 anos, foram autuados em flagrante pelos crimes de lesão corporal grave, crime contra ordem tributária, falsificação de medicamentos e exercício ilegal da medicina. O local foi interditado pela Vigilância Sanitária, que orientou outras possíveis vítimas a registrarem boletins de ocorrência para contribuir com as investigações.

O Polimetilmetacrilato (PMMA), substância proibida utilizada na clínica clandestina, pode causar reações inflamatórias graves, levando a deformidades e necrose dos tecidos. As autoridades pedem que a população denuncie atividades suspeitas através do Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) ou do telefone do 5º DP, garantindo o sigilo e anonimato dos informantes. As investigações continuam para identificar outros envolvidos no crime.

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