Aumento de 129% nas mortes por policiais militares em serviço no estado de São Paulo preocupa autoridades e sociedade.

O aumento significativo no número de mortes causadas por policiais militares em serviço na Baixada Santista tem gerado preocupação e questionamentos por parte da população e de órgãos de defesa dos direitos humanos. De acordo com dados do Ministério Público de São Paulo (MPSP), nos dois primeiros meses deste ano, 57 pessoas foram mortas por policiais militares na região, o que representa um aumento de mais de cinco vezes em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas apenas dez mortes.

Além disso, o MPSP apontou um aumento de 129% no número de mortes por policiais militares em serviço em todo o estado de São Paulo no primeiro bimestre deste ano. Enquanto em 2023 foram registradas 49 mortes, em 2024 esse número subiu para 112 mortes, o que tem gerado questionamentos sobre a atuação da polícia e a necessidade de medidas para conter essa escalada de violência.

O Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do MPSP é responsável por monitorar e divulgar dados sobre a atuação policial na região. As informações repassadas pelas polícias Civil e Militar à promotoria são analisadas de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP).

Diante desse cenário, uma comitiva composta por diversas entidades de defesa dos direitos humanos esteve na Baixada Santista para investigar as operações policiais na região. O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Claudio Silva, destacou a importância de uma avaliação da operação, com a participação da sociedade, especialmente daqueles que estão diretamente impactados por ela.

Os relatos de violência, intimidação e abusos por parte das forças de segurança têm sido recorrentes na região, com moradores relatando abordagens agressivas, invasões de domicílios e intimidações durante sepultamentos de vítimas. A Secretaria de Segurança Pública afirmou que todas as mortes em decorrência de intervenção policial são investigadas rigorosamente, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário.

Em meio a essas denúncias e questionamentos, a sociedade cobra ações efetivas para garantir a segurança dos cidadãos e o respeito aos direitos fundamentais, enquanto as autoridades buscam soluções para conter a violência e garantir a transparência e a legalidade nas operações policiais na Baixada Santista e em todo o estado de São Paulo.

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